A nova variante da covid-19 no Reino Unido trouxe forte aversão a risco para os mercados globais nesta segunda-feira e o Ibovespa também entrou na onda do pessimismo, fechando a sessão em queda de 1,86%, aos 115.822,57 pontos.
No entanto, esclarecimentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmando que a nova cepa não coloca em risco a eficácia das vacinas trouxe maior alívio, inclusive levando o índice Dow Jones para o campo positivo ao final do dia. Notícias de autorização da União Europeia para a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, com previsão de início da vacinação no dia 27 de dezembro, e um acordo encaminhado entre republicamos e democratas por um novo pacote fiscal de US$ 900 bilhões também melhoraram o humor do mercado.
Hoje, o presidente eleitos dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou a primeira dose da vacina da Pfizer contra a covid-19. Já a vice, Kamala Harris, deve receber o imunizante na próxima semana.
Entre os destaques negativos da B3, os papéis de Petrobras ON e PN recuaram 3,70% e 3,84%, respectivamente, seguindo o movimento dos preços do petróleo, diante do temor gerado pela variante de covid-19 que, por consequência, pode trazer mais restrições e diminuir a demanda por combustível.
A suspensão de voos por países ao redor do mundo por conta da nova cepa do coronavírus também impactou as ações das companhias aéreas. Gol PN tombou 4,77% e AzulPN caiu 3,82%.
O temor de novas restrições também atingiu os setores de shoppings e de varejo, com perdas para BRMalls ON (-2,89%), Iguatemi ON (-3,14%), Via Varejo ON (-3,98%), Lojas Americanas PN (-2,35%) e Lojas Renner ON (-2,59%).
Pelo lado positivo, as ações de Magazine Luiza ON subiram 1,96% depois de a companhia anunciar a compra da empresa de pagamentos Hub Prepaid Participações por R$ 290 milhões.
Acompanhando a forte alta nos preços do minério de ferro, que chegou ao patamar de US$ 176 após avançar mais de 7%, os papéis de CSN ON aceleraram 1,51%. O movimento da commodity também ajudou a Vale ON a conter as perdas de 1,07%, depois de um novo deslizamento de terra atingir a mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), matando um trabalhador no local.
Afetado pela maior aversão ao risco no exterior, o dólar à vista subiu 0,78%, cotado a R$ 5,1228. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a ultrapassar a marca de R$ 5,20.
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