Em consonância com o sentimento de maior aversão a risco no exterior, principalmente com as preocupações relacionadas à covid-19, o Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em queda de 1,46%, aos 123.255,13 pontos. A fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ainda sem uma perspectiva favorável de data vacinação no Brasil também pesou sobre os ativos domésticos. Lá fora, investidores também avaliam a possibilidade de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Um fato relevante do noticiário econômico local foi o anúncio de que a Ford encerrará a produção de veículos no Brasil. A montadora, que estava há mais de 100 anos no País, justificou que a pandemia de covid-19 foi responsável pela redução nas vendas e, consequentemente, de perdas significativas. Aproximadamente 5 mil trabalhadores serão afetados.
Na B3, apenas cinco empresas terminaram o dia no campo positivo, entre elas as ações de NotreDame Intermédica ON que dispararam 11,05% e as de Hapvida ON que aceleraram 8,16%, ainda repercutindo a notícia de fusão entre as companhias. Os papéis de PetroRio ON também se destacaram, em alta de 4,07%, com melhora nos dados de produção.
Pelo lado negativo, os papéis de Copel PNB tombaram 5,42%, depois das interferências do governo do Paraná que levaram o Bradesco BBI a cortar a recomendação da companhia de neutro para underperform (desempenho abaixo da média do mercado). Ações dos setores de educação e de shoppings também foram bastante penalizadas em meio à segunda onda de covid-19, sendo Yduqs ON, com queda de 5,27% e Multiplan ON, em baixa de 4,74%, as mais prejudicadas de seus respectivos segmentos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 1,61%, cotado a R$ 5,5036. Esta foi a primeira vez desde 13 de novembro, que a moeda americana ultrapassou a marca de R$ 5,50. Hoje, as moedas emergentes foram prejudicadas pelos crescentes temores globais, dando mais força ao dólar.
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