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Fechamento B.Side: Ibovespa cai pela 5ª vez consecutiva e recua aos 116 mil pontos; dólar cede mais de 3% reagindo à ata do Copom

Em movimento mais acentuado do que as bolsas americanas, que fecharam em leve queda, o Ibovespa registrou baixa de 0,78%, aos 116.464,06 mil pontos. Foi a quinta desvalorização consecutiva do índice. O mercado até flertou com o campo positivo após o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, discursarem a favor da agenda de privatizações e reafirmarem o compromisso com o teto de gastos. No entanto, pesou a expectativa de um aumento da taxa de juros mais rápido do que o esperado em um cenário de retomada econômica em ritmo lento e um plano de vacinação ainda vagaroso.

Entre os destaques da B3, a bola cantada no feriado pelo mercado financeiro se concretizou nesta terça-feira. Os papéis ON e PNB de Eletrobras despencaram 9,69% e 6,80%, respectivamente, reagindo ao anúncio da renúncia do presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, no domingo. O executivo deixa a estatal para assumir a BR Distribuidora ON, cujos papéis dispararam 9,57%, também refletindo a novidade. Com a saída de Ferreira Junior, o mercado passa a olhar a privatização da Eletrobras cada vez mais distante.

O sentimento de cautela generalizado empurrou a maioria das blue chips para baixo. Vale ON registrou perda de 1,52%, enquanto as ações de Petrobras ON e PN recuaram 0,47% e 0,33%, nesta ordem. O setor bancário também teve um dia negativo, puxado pela desvalorização de 2,40% de Bradesco PN, pela queda de 3,23% das units de Santander e pelo recuo de 2,67% de Banco do Brasil ON.

Já os papéis de Cielo ON chegaram a disparar mais de 7%, mas perderam o fôlego e encerraram o pregão em alta de 1,66%. O mercado aguarda os resultados do quarto trimestre de 2020 da companhia que será hoje após o fechamento do pregão, com expectativa de melhora nos números.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em forte queda de 3,30%, cotado a R$ 5,3269, reagindo à ata do Copom que revelou que alguns integrantes debateram na última reunião se ainda seria adequado manter o atual grau de estímulos “extraordinariamente” elevado, inclusive defendendo a possibilidade de aumento da taxa de juros. A fraqueza da moeda americana no exterior também influenciou no desempenho do real.

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