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Fechamento B.Side: pessimismo no exterior empurra Ibovespa para 115 mil pontos; dólar à vista sobe a R$ 5,40

Em queda pela sexta vez consecutiva, o Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,50%, aos 115.882,30 pontos, prejudicado pelo sentimento de forte aversão ao risco no exterior. As bolsas de Nova York registraram desvalorização superior a 2%, em uma sessão marcada por diversos fatores, entre eles a cautela em meio à aceleração da pandemia de covid-19, incertezas sobre o tamanho do pacote fiscal prometido por Joe Biden e balanços mistos nos Estados Unidos. Além disso, foi observado movimentos de hedge funds que fizeram o índice de volatilidade VIX – também conhecido como índice do medo – disparar.

Ainda lá fora, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não apresentou surpresas, mantendo a taxa de juros na faixa entre 0% e 0,25%. O presidente da instituição, Jerome Powell, reafirmou que usará todas as ferramentas disponíveis ao seu alcance para apoiar a economia americana, mas também disse que há um “longo caminho” para atingir as metas de emprego e inflação.

Entre os destaques da B3, as ações de Cielo ON dispararam 13,35%, com investidores repercutindo os números do quarto trimestre de 2020 apresentados pela empresa. Já os papéis de Eletrobras ON e PNB subiram 2,89% e 1,61%, respectivamente, recuperando parte das perdas de ontem depois da saída de Wilson Ferreira Junior da presidência da empresa. Entre as blue chips, a Petrobras impediu perdas maiores do índice com valorização de 1,41% para o papel PN e de 1,38% para o ON.

Pelo lado negativo, as exportadoras tiveram um dia de realização, em um movimento de rotação de carteiras. Os papéis de Vale ON recuaram 2,78%, assim como a queda de 2,66% de Usiminas PNA e de 1,83% da Gerdau PN. As empresas de papel e celulose também se desvalorizaram preocupadas com o lockdown em Hong Kong. As units de Klabin caíram 3,75% e as ações de Suzano ON tombaram 5,89%.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 1,51%, cotado a R$ 5,4071, impactado pela força da moeda americana no exterior, com investidores em busca de segurança.

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