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10 características que fazem o fundo de ações do Morgan Stanley fugir do senso comum e se tornar uma alternativa de investimento no exterior

10 características que fazem o fundo de ações do Morgan Stanley fugir do senso comum e se tornar uma alternativa de investimento no exterior

Com o objetivo de reforçar os produtos disponíveis para investimento no exterior, o BTG Pactual disponibilizou no final de dezembro do ano passado o fundo de ações long only global do Morgan Stanley, que tem o propósito de valorizar o capital de longo prazo do investidor, identificando oportunidades únicas de investimento em empresas sustentáveis e com vantagens competitivas por meio da estratégia de stock picking. O fundo, disponível apenas para investidores qualificados e com preço inicial de R$ 5 mil, deixa claro que tem uma gestão ativa, investindo apenas em empresas, e não em setores, países ou regiões.

Entre as cinco maiores posições do fundo, em setembro de 2020, estavam as empresas Sea Limited (6,7%), de Singapura, Shopify (6,6%), do Canadá, Adyen (5,3%), da Holanda, Square (5,2%) e Veeva Systems (5%), ambas dos Estados Unidos. Uma companhia mais conhecida é o serviço de streaming Spotify, representando 4,5% da carteira, e presente no fundo desde o IPO em 2018. Entre os países, os Estados Unidos representam 56,1% da alocação, seguidos por Canadá (10,1%) e Reino Unido (7,8%).

O produto tem uma volatilidade (apesar de não olhar para isso) um pouco maior do que o mercado sob a ótica do desvio padrão (medida de risco utilizada no mercado financeiro), no entanto, gerou alfa (termo usado nos investimentos para descrever a capacidade de um investimento render lucros acima do esperado no mercado) em todas as janelas de longo prazo. Vale lembrar que o fundo não tem hedge cambial, também variando de acordo com a oscilação do real ante o dólar. Se o real se valorizar, o fundo terá um desempenho pior, assim como, se a moeda americana tiver um melhor desempenho, o retorno do fundo também será maior.

Confira as dez principais características da gestão ativa do fundo Morgan Stanley Global Advisory Dólar FIC FIA IE:

  1. A carteira é concentrada, com apenas 25 a 40 papéis.
  2. Tem altos níveis de convicção das alocações, sendo que as dez maiores posições representam quase 50% da carteira. O risco de concentração é maior, no entanto, a casa acredita que, quando o risco é bem implementado, ele próprio “se paga”.
  3. O fundo não faz gestão de caixa, sempre rondando de 0 a 5%.
  4. Só entram investimentos sustentáveis (ESG). Há pelo menos 10 anos, os critérios ambientais, sociais e de governança foram implementados no processo de tomada de decisão.
  5. O processo de decisão é bottom up, ou seja, olhando do cenário micro (aspectos de cada empresa) para o macro. Os investimentos são feitos independentemente de ciclos econômicos.
  6. O alto active share (indicador que mede a fração de uma carteira que difere do benchmark) é apontado como um diferencial de gestão ativa. Quando cruza as empresas da carteira com as 2.986 companhias do índice de referência MSCI ACWI, o percentual de diferença é de cerca de 96%.
  7. Investimentos de longo prazo, comprovados pelo histórico de turnover, isto é, de quantas vezes o fundo roda a carteira por ano. A média gira em torno de 20% a 50%.
  8. O fundo considera que o risco é a possibilidade de perder capital, e não a volatilidade das ações ou o tracking error (métrica utilizada para calcular o desvio padrão entre o benchmark e o retorno do portfólio).
  9. Possui uma equipe proprietária especializada em fundos, com mais de 20 anos de experiência, não baseando a compra ou venda por relatórios de terceiros.
  10. Há um forte alinhamento de interesses, sendo que os profissionais têm a obrigação de investir pelos menos 25% do bônus nos fundos do Morgan Stanley. No entanto, é comum o investimento de até 90% do bônus.

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