B.Side Insights

Daily report

Fechamento B.Side: Ibovespa cai aos 118 mil pontos com preocupações fiscais renovadas e dados negativos do varejo; dólar cai a R$ 5,37

Diante de uma maior cautela de investidores com a situação fiscal no País e com preocupações a respeito do ritmo de recuperação econômica após dados negativos do varejo, o Ibovespa registrou queda de 0,87%, aos 118.435,33 pontos.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base sobre o projeto de autonomia do Banco Central, com 339 votos favoráveis e 114 contrários. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a Casa tratará o retorno do pagamento do auxílio emergencial e uma distribuição de vacinas contra a covid-19 para todo o País como prioridades.

No exterior, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, adotou um discurso “dovish”, afirmando que não espera por um salto na inflação e alertando para uma possível baixa na economia americana. A fala do dirigente deu impulso às bolsas americanas no final da sessão, com o Dow Jones, inclusive, renovando recorde histórico de fechamento.

Entre os destaques da B3, as ações de Petrobras PN e ON demonstraram recuperação e subiram 0,94% e 1,23%, respectivamente, impedindo um pior desempenho do índice. A estatal foi impulsionada, principalmente pelo desempenho do petróleo, que fechou em alta pelo oitavo pregão seguido. Somado a isso, a notícia de que a petroleira vendeu sua participação de 50% na BSBios por R$ 253 milhões também foi bem recebida.

Outras blue chips como Vale e Ambev também avançaram 0,48% e 0,33%, nesta ordem, amenizando a pressão vendedora sobre o Ibovespa.

Pelo lado negativo, as ações do setor varejista caíram em bloco, prejudicadas pelos números das vendas do varejo, que caíram 6,1% em dezembro em relação ao mês anterior. Magazine Luiza ON caiu 3,58%, Via Varejo ON se desvalorizou 3,89% e Lojas Renner ON registrou baixa de 2,76%.

As units do BTG Pactual recuaram 4,37%, dando continuidade a um movimento de realização de lucros iniciado ontem. Vale lembrar que até segunda-feira, os papéis do banco registravam uma valorização superior a 18% em fevereiro.

No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,3711, novamente dando maior ênfase à fraqueza da moeda americana no exterior. A sinalização de que o aumento da taxa de juros pelo Banco Central pode demorar mais do que o previsto diante de dados de atividade fracos também impactaram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Artigo anterior Gauss Capital aposta em empresas do Japão e companhia de energia limpa dos EUA com tecnologia utilizada para mineração de bitcoin
Próxima artigo B.Side Daily Report: bolsas globais abrem em alta, mas sem grande apetite; agenda doméstica tem dados de serviço