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Fechamento B.Side: em dia volátil, Ibovespa se mantém nos 111 mil pontos com ruídos fiscais; dólar segue estável a R$ 5,66

Fechamento B.Side: em dia volátil, Ibovespa se mantém nos 111 mil pontos com ruídos fiscais; dólar segue estável a R$ 5,66

Em mais um dia de extrema volatilidade, o Ibovespa fechou em queda de 0,32%, aos 111.183,95 pontos. Porém, o prejuízo poderia ter sido muito maior. Em dado momento, o índice saiu em poucos minutos de uma queda superior a 3% e passou a subir, passando dos 107 mil pontos (e alcançando os menores patamares desde novembro) para os 112 mil pontos.

O mercado adotou um posicionamento extremamente pessimista com a situação fiscal do País diante da possibilidade do Bolsa Família ficar fora do teto de gastos pela PEC Emergencial, mas tudo mudou quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi ao Twitter desmentir especulações e reafirmar o compromisso com a regra fiscal. Somado a isso, a notícia de que o Ministério da Saúde comprará vacinas da Pfizer e da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson) também elevou o apetite por risco dos investidores.

E não foi só o mercado acionário que teve um alívio imediato. No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, em leve queda de 0,03%, cotado a R$ 5,6643, também passando de R$ 5,75 para R$ 5,65 em pouco tempo diante de um alívio pontual com o futuro das contas públicas. Mais uma vez o Banco Central interveio no mercado, atuando em três leilões.

No exterior, o clima foi novamente de cautela, com as bolsas de Nova York fechando no vermelho pelo segundo dia consecutivo, com as empresas de tecnologia liderando as baixas. A divulgação do Livro Bege do Fed, com a percepção sobre a economia dos Estados Unidos, pouco teve efeito nos ativos americanos.

Entre os destaques da B3, as ações de Magazine Luiza ON subiram 3,50%, depois de passarem a maior parte do dia no vermelho. Investidores preferiram focar na aquisição da Vip-Commerce, plataforma de e-commerce focada no varejo de alimentos, do que na notícia de maiores restrições de mobilidade em São Paulo, que entrará na fase vermelha do dia 6 a 19 de março.

Já Ambev ON avançou 1,29%, assim como CCR ON, que teve ganhos de 1,38%. Ambas as companhias são beneficiadas pelas notícias de aquisição de vacinas pelo governo federal, fato que melhora a perspectiva das empresas para o médio prazo.

Ainda hoje, surgiram novos boatos sobre uma possível troca na presidência do Banco do Brasil, com a notícia de que João Eduardo Dacache, presidente da Caixa Seguridade, pode assumir o lugar de André Brandão na estatal. Apesar dos ruídos, o banco encerrou a sessão em alta de 0,21%, em linha com o desempenho do que seus pares do setor bancário.

Pelo lado negativo, os papéis de Petrobras ON e PN recuaram 4,29% e 3,64%, respectivamente, em sentido contrário ao petróleo no mercado internacional. Notícias do âmbito doméstico seguem pressionando a estatal, principalmente com a possibilidade de judicialização na troca de comando da Petrobras. No sentido contrário, PetroRio ON acelerou 4,61%.

Entre os indicadores econômicos, o PIB brasileiro registrou um tombo histórico de 4,1% em 2020 em relação ao ano anterior, segundo dados do IBGE. No entanto, a queda já era esperada e o foco foi no crescimento de 3,2% do PIB do quarto trimestre do ano passado ante os três meses anteriores.

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