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Multimercado Vinci Valorem é opção para melhorar a rentabilidade da parte líquida da carteira e proteger contra a inflação

Multimercado Vinci Valorem é opção para melhorar a rentabilidade da parte líquida da carteira e proteger contra a inflação

Com o objetivo de superar o índice IMA-B5 (composto por títulos públicos indexados à inflação) e com a menor volatilidade possível, o fundo multimercado Vinci Valorem surge como uma opção aos investidores que desejam melhorar a rentabilidade da parte líquida da carteira com um horizonte de pelo menos seis meses, mantendo a proteção do poder de compra. Em 2020, o fundo entregou uma rentabilidade de 7,34%.

No entanto, o produto, apesar de poder ser utilizado para liquidez por conta de seu resgate de dois dias, não é um fundo de caixa, para pagamento de contas do dia a dia, por exemplo, já que de vez em quando também pode entregar retornos negativos.

Por ser um multimercado com uma volatilidade mais reduzida, historicamente girando entre 2,5% e 3%, o Valorem tem um mandato de inflação com uma carteira basicamente de NTN-Bs (Tesouro IPCA+), com algumas proteções e operações mais táticas com juro nominal e câmbio.

“Nosso objetivo é deixá-lo de fato com pouca volatilidade, mas tentar tirar o máximo de retorno com o mínimo de risco”, explica o analista Thiego Chagastelles, da Vinci Partners, gestora de recursos independentes criada em 2009 e com R$ 46 bilhões sob gestão, em apresentação ao B.Side Insights, acrescentando que em janelas mais longas o Valorem tem uma volatilidade média menor do que o próprio benchmark IMA-B5.

Criado em 2012, o fundo entrou para a gestão da equipe do analista Thiego Chagastelles em meados de 2016. O produto que até então era mais passivo, passou a buscar mais alfa (retorno) quando mudou de mãos.

Atualmente, a carteira do Valorem, cujo patrimônio líquido gira em torno de R$ 2,5 bilhões, está mais curta, com maiores vencimentos para NTN-Bs de 2021, 2022 e 2023. Em menor escala, há NTN-Bs de 2024, enquanto o fundo encontra-se zerado em papéis de 2025 e no dólar.

Chagastelles deixa claro que quando o cenário é binário é adepto de proteções para os dois lados. Contudo, quando enxerga alguma assimetria, pendula a carteira para o lado que vê maior probabilidade.

Cenário de juros e IPCA para 2021

A Vinci Partners tem uma visão diferente da maioria dos agentes financeiros sobre o movimento dos juros no curto prazo.

Apesar de o mercado já ter “embarcado” na ideia de que o Copom possa subir juros já na próxima reunião de maio, a asset acredita que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai tentar segurar o aumento da taxa Selic o máximo que ele conseguir.

Chagastelles acredita que o processo será gradual e bem sinalizado. E, caso o aumento da taxa de juros venha em março, será algo em torno de 0,25%, para depois acelerar a altas de 0,5%, de acordo com a visão da asset na conversa realizada no dia 19 de fevereiro.

“O Roberto Campos tem o que poucos presidentes do Banco Central tiveram na história recente que é o mercado do lado dele”, afirma o analista. “As cartas, atas e comunicados do Copom têm vindo mais claras do que nunca e têm sido cumpridas.”

Fato é que a casa trabalha com um cenário de taxa de juros de 4% ao final de 2021, com uma nova restrição monetária a partir de maio. Já outras casas, com estimativas mais altistas, trabalham com a Selic a eventualmente 5%.

Por outro lado, Chagastelles também enxerga o movimento do IPCA desde ano parecido com o que aconteceu em 2020: com sucessivas revisões para cima. “O carrego dessas posições está muito alto, então faz todo sentido para se proteger da inflação e porque o CDI dificilmente vai chegar ao final do ano maior do que será o IPCA novamente em 2021.”

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