Novos ruídos fiscais contaminaram os ativos domésticos no final da sessão e levaram o Ibovespa a fechar em queda de 1,06%, aos 112.064,19 pontos. Esta foi a terceira desvalorização seguida do índice. Em Wall Street, as bolsas de Nova York caíram em bloco, com pior desempenho do Nasdaq.
Pesou sobre o mercado interno a notícia de que 16 governadores pediram ao Congresso novos recursos para um auxílio emergencial no valor de R$ 600, abrangendo os mesmos critérios de 2020. Além disso, discursos mais moderados do presidente Jair Bolsonaro são acompanhados de perto, mas o mercado ainda continua cético em relação à resposta que o governo federal dará para combater a pandemia. Hoje, foi criado um comitê entre os três Poderes e governos estaduais para impedir uma aceleração de contágio ainda maior da covid-19 no País.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 2,25%, cotado a R$ 5,6396, acompanhando a fraqueza dos pares emergentes ante a moeda americana e com a preocupação fiscal renovada.
Entre os destaques da B3, os papéis de Carrefour Brasil ON dispararam 12,77%, depois de a empresa anunciar a aquisição do Grupo Big (ex-Walmart Brasil) por R$ 7,5 bilhões, se tornando a maior varejista da América Latina.
Já as ações de Vale ON subiram 2,30%, ignorando a queda do minério de ferro na China. Hoje, tribunais ingleses negaram um apelo para que a tragédia de Mariana (MG) envolvendo a mineradora fosse julgada no Reino Unido.
Pelo lado negativo, as empresas ligadas ao varejo recuaram em bloco, dando prosseguimento ao movimento de queda visto nas últimas semanas diante da piora da pandemia no País. Magazine Luiza ON caiu 5,30%, Via Varejo ON perdeu 5,53% e B2W ON se desvalorizou 3,41%.
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