Na véspera do feriado de Tiradentes, fato que deixará a Bolsa de Valores fechada amanhã, o Ibovespa registrou baixa de 0,72%, aos 120.061,99 pontos. O índice recuou pelo segundo dia consecutivo, acompanhando o movimento das bolsas internacionais, que adotaram um tom mais negativo diante do recrudescimento da pandemia de covid-19, especialmente na Europa e na Índia. Em Wall Street, as bolsas de NY ainda passaram por um movimento de correção depois da forte alta da semana passada por conta de balanços corporativos e indicadores econômicos positivos.
Entre os dados econômicos do Brasil, a arrecadação federal de impostos teve alta de 18,49% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, atingindo o valor de R$ 137,932 bilhões, segundo a Receita Federal.
No mercado de câmbio, o dólar à vista praticamente ficou estável, em leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,5505, refletindo o movimento de alta da moeda americana no final da sessão. Antes disso, o dólar fechou a recuar a R$ 5,50, digerindo o encaminhamento do Orçamento com um acordo entre governo e Congresso para um veto parcial de R$ 10,5 bilhões em emendas, mesmo que o valor esteja abaixo do que era esperado pelos agentes econômicos.
Entre os destaques da B3, as ações de GPA ON aceleraram 9,17%, com investidores ainda na expectativa pela possível venda da fatia na Cnova, operação que destravaria valor para a companhia. Outro fator positivo para o Pão de Açúcar foi o forte desempenho das vendas do concorrente Carrefour ON (+2,70%) no primeiro trimestre.
Já o setor de frigoríficos subiu em bloco, com exceção de BRF ON (-0,25%). As ações de JBS ON, inclusive, renovaram máxima histórica de fechamento, acima de R$ 35, depois de alta de 1,13%. Marfrig ON acelerou 4,29% e Minerva ON subiu 1,02%. As companhias foram novamente beneficiadas com ruídos de exportação de carne na Argentina e diante de uma procura de fundos de investimento.
Na contramão, as ações de Petrobras ON e PN recuaram 2,56% e 1,94%, respectivamente, em um movimento de realização de lucros após a forte alta vista ontem. Nem mesmo a valorização do petróleo no pregão de hoje foi suficiente para impulsionar os papéis da estatal.
Além da Petrobras, outras blue chips também operaram no negativo como Vale ON (-1,53%), Ambev ON (-0,57%), Bradesco PN (-1,52%) e Itaú Unibanco PN (-0,69%).
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