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Helius Lux Long Biased gera retorno de 54,42% em seu primeiro semestre de operação

Helius Lux Long Biased gera retorno de 54,42% em seu primeiro semestre de operação
Bruno Stuani, analista da Helius Capital

Uma das assets independentes mais novas do mercado, a Helius Capital completou no dia 30 de abril seus primeiros seis meses de operação. E os resultados não poderiam ser melhores.

Com apenas um semestre de vida, o único fundo da casa focado em renda variável, o Helius Lux Long Biased, disponível na plataforma do BTG Pactual, entregou um expressivo retorno de 54,42% aos seus cotistas contra 26,55% do Ibovespa e 6,17% do benchmark (IPCA + IMA-B) no mesmo período.

“Conseguimos gerar um alfa (medida de retorno) excelente. Claro que ao longo da vida é muito importante, mas nesse início é mais significativo ainda”, afirma Bruno Stuani, analista e RI da Helius Capital, em entrevista ao B.Side Insights.

A casa tem como principal característica uma análise profunda das teses de investimento, além de um estilo de gestão muito ativo. A PetroRio e a Locaweb, por exemplo, fazem parte da carteira do fundo desde seu início, contudo já tiveram posições aumentadas ou reduzidas inúmeras vezes durante os primeiros meses.

Atualmente, o Helius Lux Long Biased conta com um patrimônio líquido de pouco mais de R$ 80 milhões sob gestão. E, segundo a casa, há espaço para que o fundo permaneça aberto até alcançar um patamar entre R$ 500 e 600 milhões. 

Time da Helius Capital

A Helius Capital é composta por um time com larga experiência de mercado, e passagem por casas renomadas. Três pessoas vieram da Garde Asset: o gestor William Leite e os analistas Bernardo Ferri e Eduardo Rebouças. Além deles, se juntaram ao time de gestão Bruno Stuani, ex-Merrill Lynch, Kaique Vasconcellos, ex-Safra, e João Julio Matos, ex-Miles. Jorge Veiga completa o time como COO da asset.

A maioria da equipe da Helius Capital possui mais de 11 anos de mercado no currículo.

Na estrutura da asset, não há books individuais, sendo que a tomada de decisão é sempre do gestor William Leite.

Características do Helius Lux Long Biased

O fundo multimercado Helius Lux Long Biased tem por característica ser mais comprado do que seus pares, mas em contra partida, carrega mais posições de hedge.

A exposição do fundo pode ir de 0 a 130% comprado, mas, na média, o produto fica entre 50% e 100% comprado. Além disso, há flexibilidade de operar outros mercados como moeda, juros, índices do exterior, que no final das contas são utilizados como hedge.

“Sempre vamos expressar nossa visão direcional via equities”, afirma Stuani.

Em relação à proteção do fundo, a Helius afirma que tem como preferência as puts (opções de venda) longas de Ibovespa, já que, segundo Stuani, elas protegem melhor de grandes eventos negativos. “O cotista de renda variável está acostumado com a volatilidade do dia a dia. Mas ele quer que o fundo caia menos quando acontecem esses grandes eventos do mercado”, diz o analista da Helius. “Com essas puts longas queremos hedgear algo que não estamos prevendo.”

Sobre tamanhos de alocação, o fundo considera uma posição pequena algo em torno de 1% a 3%, uma média de 5 a 6% e uma posição grande de 8% a 10%. Há espaço para investimentos de até 15% em ultra large caps da Bolsa por conta da liquidez abundante.

Outra característica da Helius é não ter preconceito com absolutamente nenhuma empresa ou setor, podendo investir em estatais ou empresas relacionadas à commodities, por exemplo. Além disso, a casa tem um viés de olhar todas as aberturas de capital (IPOs) da Bolsa, mas não obrigatoriedade em investir nas companhias recém-chegadas ao mercado acionário.

“Nosso mandato é ganhar dinheiro e encontrar qualquer assimetria de mercado, por isso achamos que não dá para deixar passar nada”, explica o analista Bruno Stuani.

Pronta para capturar a reabertura da economia

Atualmente, a carteira da Helius está posicionada para capturar uma reabertura da economia brasileira diante da aceleração do ritmo de vacinação contra a covid-19.

Para isso, a gestora aposta em nomes que ficaram “amassados” em uma cesta composta por companhias aéreas (Gol e Embraer), shoppings (Iguatemi), varejo e consumo (Arezzo, Track & Field e Burger King).

“No final das contas, será muito difícil acertar o grande cavalo vencedor, então é muito melhor ter um combo para tentar surfar na história da reabertura”, afirma Stuani.

Além disso, a Helius segue posicionada em commodities, por acreditar ainda num ambiente de forte retomada econômica global, carregando posições em bancos tradicionais, bem como no segmento digital como BTG Pactual, XP, Banco Inter e Banco Pan.

Já Locaweb permanece como carro-chefe das empresas de tecnologia.

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