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Fechamento B.Side: Ibovespa cai aos 122 pontos pressionado por setor bancário; dólar cai a R$ 5,19 após tom mais duro da ata do Copom

Diante de riscos políticos e fiscais cada vez mais latentes, o Ibovespa fechou em recuo de 0,66%, aos 122.202,47 pontos. Nem mesmo a valorização de empresas relacionadas a commodities foi capaz de evitar a desvalorização do índice, que, por outro lado, foi bastante pressionado pelo setor bancário.

Por aqui, o mercado monitorou o desfile militar em Brasília, que causou desconforto entre parlamentares, justamente no dia em que a Câmara pode colocar em votação a PEC do voto impresso. Somado a isso, há ainda dúvidas que continuam pairando no ar sobre o reajuste do Bolsa Família e a PEC dos precatórios.

Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 encerraram no campo positivo, refletindo a notícia de que o Senado americano aprovou o pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão do presidente Joe Biden para dar prosseguimento à retomada econômica dos Estados Unidos. Por outro lado, o Nasdaq teve um desempenho negativo com as ações de tecnologia pressionadas pelos Treasuries.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,96%, cotado a R$ 5,1967, reagindo ao tom mais duro da ata do Copom, divulgada na manhã desta terça-feira, confirmando a sinalização de retirada de estímulos e indicando que irá colocar o juro no campo restritivo (acima de 7% ao ano).

Destaques da Bolsa

Na maior alta do dia no Ibovespa, as ações de PetroRio ON dispararam 6,49%, acompanhando a valorização de quase 3% do petróleo no mercado internacional e com investidores aguardando a companhia ir às compras depois de levantar US$ 600 milhões em uma oferta de ações. Ainda no setor, Petrobras ON e PN subiram 0,04% e 0,32%, respectivamente.

Em um pregão de recuperação para os papéis de mineradoras e de siderúrgicas, impulsionados pela aprovação do pacote de infraestrutura nos EUA, Vale ON avançou 0,96%, CSN ON se valorizou 1,06%, Gerdau PN ganhou 2,52% e Usiminas PNA teve acréscimo de 2,70%.

Pelo lado negativo, o setor bancário recuou em bloco, diante de um viés mais negativo do Banco Central para os próximos meses, o que pode significar revisões para baixo nas perspectivas do PIB com maiores dúvidas sobre a retomada econômica do Brasil. Itaú Unibanco caiu 1,89%, Bradesco PN perdeu 1,44%, Banco do Brasil ON cedeu 2,54% e as units de Santander se desvalorizaram 2,24%.

O setor de shoppings também foi bastante impactado nesta quarta-feira, com uma perspectiva de maior dificuldade para o cenário doméstico. Iguatemi ON tombou 3,74% e Multiplan ON teve revés de 2,00%.

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