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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 119 mil pontos pressionado por ruídos internos e por dados negativos da China; dólar sobe a R$ 5,28

Na contramão das bolsas de Nova York e ainda refletindo uma maior aversão a risco por conta de ruídos políticos e fiscais internos, o Ibovespa registrou queda de 1,66%, aos 119.180,03 pontos, no pregão desta segunda-feira. O índice ainda foi bastante pressionado por uma queda praticamente generalizada das empresas ligadas a commodities, penalizadas por dados negativos da China. Além disso, operadores ainda lembraram que a Bolsa pode ter sido influenciada pela proximidade do vencimento de opções sobre o Ibovespa, na quarta-feira.

Em Wall Street, as bolsas americanas fecharam majoritariamente no azul, com os índices Dow Jones e S&P 500 iniciando a semana assim como encerraram a passada: batendo recorde de fechamento histórico. Este é o bull market mais rápido da história desde a Segunda Guerra Mundial, com o S&P 500 dobrando, com uma valorização de 100%, em 354 pregões, desde o dia 23 de março de 2020 até hoje.

Os índices acionários de Nova York subiram hoje ainda impulsionados pela temporada positiva de balanços se sobrepondo à pressão de dados mais fracos do que o esperado na China, que trazem dúvidas sobre a recuperação global. Outro fator que ficou em segundo plano foi a queda do petróleo, também impactado pelos números chineses negativos e digerindo a situação no Afeganistão, onde o Talibã assumiu o poder após a retirada das forças armadas dos Estados Unidos.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,68%, cotado a R$ 5,2807, também pressionado por maior aversão a risco no exterior e por ruídos internos. No entanto, o que trouxe maior alívio ao real durante a sessão foi um indicador negativo de atividade industrial do Federal Reserve de Nova York, afastando temores de que o Fed pode agir antes do esperado para tirar os estímulos.

Destaques da Bolsa

Entre as maiores altas do dia, as ações de Qualicorp ON subiram 3,85%, em um movimento de recuperação. Na semana passada, a companhia registrou cinco quedas consecutivas e uma desvalorização superior a 25%, prejudicada pela perda financeira muito maior do que o esperado pelo mercado no balanço do segundo trimestre de 2021.

Já os papéis de CPFL Energia ON avançaram 2,04%, dando sequência à valorização de 8,28% vista na sexta-feira, ainda reflexo do balanço em linha com a expectativa de analistas e com investidores de olho nos dividendos da companhia.

Pelo lado negativo, as ações de CVC ON tombaram 8,56%, repercutindo o balanço trimestral divulgado pela empresa na noite de sexta-feira, que ainda mostrou impactos causados pela pandemia de covid-19.

Os papéis do setor de educação também foram duramente penalizados hoje, com Cogna ON recuando 6,02% e Yduqs ON perdendo 4,19%. Outro segmento bastante penalizado foi o varejo, com perdas de 4,19% para Magazine Luiza ON, 6,11% para Via ON, 5,70% para Lojas Americanas PN e 4,91% para Americanas S.A. ON.

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