No penúltimo pregão de agosto, o Ibovespa fechou em queda de 0,78%, aos 119.739,96 pontos. Com um sentimento de maior aversão a risco no cenário doméstico em relação ao exterior, o índice foi pressionado pelas tensões políticas locais, com investidores de olho em possíveis manifestações no feriado do dia 7 de Setembro. A sessão também foi marcada por um volume pequeno de negócios, tanto que tivemos nesta segunda-feira apenas R$ 21,3 bilhões negociados, sendo este o terceiro menor volume financeiro da B3 no ano. A média diária de 2021 é de R$ 33,7 bilhões.
Entre os dados econômicos, o governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, reportou déficit primário de R$ 19,829 bilhões em julho, acima das estimativas de prejuízo de R$ 17,3 bilhões para o mês, segundo a Reuters.
Em Wall Street, o índice Nasdaq renovou recorde histórico de fechamento, com destaque para as empresas de tecnologia, com ganhos de 3% para Apple e de 1% para Microsoft e Netflix. O mercado americano seguiu reagindo ao discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizando que o processo de retirada de estímulos por meio da compra de ativos (tapering) deve começar mesmo em 2021.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou leve queda de 0,12%, cotado a R$ 5,1893, em um dia de leves variações de outras divisas ante a moeda americana. Investidores deixam para trás os desdobramentos do simpósio de Jackson Hole e passam a ter como foco os indicadores econômicos da semana, entre eles os dados do mercado de trabalho americano.
Destaques da Bolsa
Entre as principais altas do dia na Bolsa, os papéis de Americanas SA ON e Lojas Americanas PN aceleraram 2,83% e 2,52%, respectivamente, ainda demonstrando recuperação após quedas muito expressivas nas últimas semanas em comparação com outros pares do varejo.
Auxiliadas pelo movimento positivo no exterior para as empresas de tecnologia, as ações de Totvs ON avançaram 1,06%.
Já as ações do segmento de locação de veículos e de construção foram bastante penalizadas na sessão, pressionadas pela potencial alta na curva de juros, que deve vir com o aumento da inflação. Cyrela ON tombou 4,08%, Eztec ON recuou 2,50% e Localiza ON se desvalorizou 2,66%. Os papéis do setor de educação também registraram importantes perdas, com baixa de 4,13% para Cogna ON e de 3,51% para Yduqs.
Os players do setor bancário recuaram em bloco, reagindo a possível desfiliação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal da Febraban. O próprio BB ON caiu 1,02%, seguido por Bradesco PN (-1,16%), Itaú Unibanco PN (-0,75%) e as units de Santander (-1,27%).
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