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Fechamento B.Side: mercado ignora PIB mais fraco do que o esperado e Ibovespa sobe aos 119 mil pontos em ritmo de recuperação; dólar sobe a R$ 5,18

Depois de dois dias consecutivos de queda, o Ibovespa operou em ritmo de recuperação no pregão desta quarta-feira e subiu 0,52%, aos 119.395,60 pontos. O desempenho do índice só não foi melhor porque os riscos domésticos seguiram no radar dos investidores. Além disso, importante nomes como Vale e Petrobras registraram perdas, o que também puxou a Bolsa para baixo.

Entre os dados econômicos, o PIB brasileiro recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021 em relação ao primeiro trimestre, resultado abaixo do consenso do mercado, que esperava por um avanço de 0,2%. Com o resultado, o indicador interrompeu uma série de três trimestres consecutivos de alta, iniciada no terceiro trimestre de 2020, logo após a primeira onda da crise causada pela covid-19. Apesar dos números, o BTG Pactual escreveu, em relatório, que o cenário segue positivo para este ano. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o PIB veio estável no trimestre mais “trágico” da pandemia.

No cenário político, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a líderes partidários sua pretensão de votar ainda hoje a reforma do Imposto de Renda.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo negativo e os índices S&P 500 e Nasdaq no azul. Este último, inclusive, bateu novo recorde histórico de fechamento, impulsionado pelos papéis de tecnologia, principalmente Apple. Por lá, investidores ainda digeriram os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, após a criação de 374 mil vagas no setor privado em agosto, de acordo com o relatório ADP, abaixo das expectativas de geração de 600 mil postos de trabalho.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,25% cotado a R$ 5,1849, em movimento contrário a outras divisas que ganharam terreno nesta quarta-feira ante a moeda americana. No Brasil, as preocupações fiscais e políticas seguem ditando o rumo dos negócios.

Destaques da Bolsa

Influenciadas pelo agravamento da crise hídrica e refletindo o anúncio da Aneel de que criará a chamada “bandeira tarifária escassez hídrica”, patamar mais caro da história para uma bandeira tarifária para as contas de luz do Brasil, empresas do setor elétrico se destacaram entre as maiores altas do dia na Bolsa. CPFL Energia ON acelerou 3,51%, Engie ON avançou 2,61% e Equatorial ON subiu 2,36%. Também impactada, Eneva ON, especialista em energia térmica, se valorizou 2,81%.

Fora do índice, os papéis de SLC Agrícola ON dispararam 13,65%, depois de a empresa informar que as terras de propriedade da companhia foram avaliadas em R$ 6,94 bilhões em 2021, um salto de 75,2% em relação ao ano passado.

Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN recuaram 0,93% e 1,10%, respectivamente, acompanhando o desempenho ruim do petróleo no mercado internacional. PetroRio ON também registrou baixa de 2,50%.

Já as units de Banco Inter tombaram 2,36%, na terceira queda consecutiva para a companhia nesta semana, em um movimento de correção após uma alta de 7,06% na sexta-feira passada.

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