Bolsas adotam maior cautela nesta quarta-feira
Os índices futuros de Nova York operam praticamente estáveis, enquanto as bolsas europeias registram desempenho negativo nesta quarta-feira. Ontem, Wall Street teve desempenho tímido após o feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos na segunda-feira. Investidores se preparam para mais volatilidade em setembro, um dos meses sazonalmente mais fracos do ano, historicamente. Na agenda do dia, o Federal Reserve, o banco central americano, divulgará o Livro Bege, um relatório divulgado oito vezes ao ano sobre a situação da economia americana.
Crise política e institucional aumenta após falas de Bolsonaro
No cenário doméstico, investidores devem reagir aos desdobramentos do feriado de 7 de setembro. O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em NY, cai hoje 0,50% no pré-mercado, mas subiu na véspera 0,61%, em ajuste após não ser negociado na segunda-feira. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro colocou ainda mais lenha na fogueira entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal ao afirmar que não respeitará “qualquer decisão” do ministro Alexandre de Moraes. O STF informou que o presidente do tribunal, o ministro Luiz Fux, se manifestará hoje na abertura da sessão da Corte sobre os atos.
Agenda de reformas deve encontrar mais dificuldade após atos
Além da crise institucional entre o Executivo e o Judiciário, o tom mais “agressivo” de Bolsonaro também dificulta o andamento da agenda de reformas no Congresso. Um exemplo claro foi que o o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou na noite de ontem que decidiu cancelar todas as sessões deliberativas e reuniões de comissões previstas para os próximos dias 8 e 9 de setembro na Casa. Segundo Pacheco, não há clima político para votações de projetos, sejam eles de interesse do Palácio do Planalto ou não.
Cade sugere aprovação da fusão entre Localiza e Unidas
No meio corporativo, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu parecer na noite de ontem recomendando a aprovação da fusão entre Localiza e Unidas, mas com restrições e vendas de ativos, já que a concentração das operações “gera riscos relevantes para o ambiente competitivo no mercado de locação de veículos (RAC)”. O negócio segue para avaliação do Tribunal do Cade, com prazo até janeiro de 2022.
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