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Fechamento B.Side: Bolsa derrete quase 4% e vai aos 113 mil pontos após atrito entre Executivo e Judiciário; dólar acelera a R$ 5,32

Fechamento B.Side: Bolsa derrete quase 4% e vai aos 113 mil pontos após atrito entre Executivo e Judiciário; dólar acelera a R$ 5,32

Em um dia de forte pressão para os ativos locais, o Ibovespa afundou 3,78%, aos 113.412,84 pontos, maior baixa da Bolsa desde o dia 8 de março em uma única sessão. A volta do feriado de 7 de setembro trouxe ainda mais incertezas após o presidente Jair Bolsonaro elevar o tom contra o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, durante manifestações.

O atrito entre os poderes Executivo e Judiciário prejudicam a visibilidade dos investidores para o longo prazo, acabando com a previsibilidade de alocação de capital. Além disso, especialistas citam que a crise pode atrapalhar na negociação dos precatórios e da reforma tributária.

A aversão a risco ficou ainda maior quando o ministro Luiz Fux, presidente do STF, declarou no período da tarde que “ninguém fechará a Corte” e que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade em suas falas.

Investidores também monitoraram notícias de concentração de caminhoneiros em rodovias federais de quatro Estados, na maior parte em Santa Catarina.

No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 2,89%, cotado a R$ 5,3261, com agentes também digerindo os desdobramentos políticos dos atos de 7 de setembro. Além disso, contribuiu o ambiente internacional mais avesso a ativos de risco.

Em Wall Street, as bolsas americanas caíram em bloco, mas em um movimento de correção, principalmente para os índices S&P 500 e Nasdaq. Já o Dow Jones recuou pela terceira vez seguida, à medida que investidores reavaliam as perspectivas de crescimento econômico dos Estados Unidos, após um bom desempenho no mercado até agora em 2021. O mercado se prepara para a volatilidade em setembro, um dos meses sazonalmente mais fracos do ano.

Destaques da Bolsa

Em um dia praticamente de perdas generalizadas para as empresas do Ibovespa, apenas cinco ações encerraram o pregão no campo positivo. O maior destaque foi para Localiza ON, que disparou 8,03%, e Unidas ON, que acelerou 7,23%. Ambas as companhias foram beneficiadas pela notícia de que o Cade aprovou a fusão entre elas, mas com algumas ressalvas.

Completam a lista das valorizações, os papéis de Suzano ON, em alta de 1,81%, Qualicorp ON, com ganho de 0,99%, e Weg ON, com avanço de 0,30%.

Pelo lado negativo, as piores quedas do dia vieram de Méliuz ON (-11,36%), Via ON (-9,35%), Americanas SA ON (-9,15%) e Eletrobras ON (-9,29%).

Importantes nomes da Bolsa também sofreram, com baixa de 2,08% para Vale ON, queda de 5,63% para Petrobras PN, desvalorização de 4,74% para Itaú Unibanco, recuo de 5,76% para Bradesco PN e perda de 5,70% para Ambev ON.


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