Uma nota oficial do presidente Jair Bolsonaro no final do pregão mudou os rumos do mercado acionário local. Em queda durante todo o dia, ainda repercutindo a crise institucional entre os Poderes, o Ibovespa virou de sinal e acelerou 1,72%, aos 115.360,86 pontos. Quem também foi impactado foi o dólar à vista, que registrou baixa de 1,86%, cotado a R$ 5,2273, também refletindo o alívio dos investidores.
Bolsonaro divulgou uma nota às 16h25 afirmando que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaiquer dos Poderes”, reiterando o “respeito pelas instituições da República”, além de sempre estar “disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles”. Antes disso, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o ex-presidente da República Michel Temer para conversar exatamente sobre a crise política.
No âmbito macroeconômico, o cenário ainda continua desafiador, principalmente depois da divulgação do IPCA de agosto, que registrou alta de 0,87%, maior taxa para o mês desde 2000, acima das projeções do mercado.
Por fim, investidores também seguem atentos a uma possível greve dos caminhoneiros. Líderes do setor se reuniram hoje com Bolsonaro e afirmaram que os bloqueios nas estradas não cessarão até que sejam recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o índice Dow Jones registrando sua quarta desvalorização consecutiva. Por lá, o mercado coloca o pé no freio depois de sucessivos recordes para cima.
Destaques da Bolsa
Recuperação do tombo visto ontem foi a palavra de ordem na Bolsa depois de Bolsonaro acalmar os ânimos entre os Poderes. Entre as maiores valorizações do dia na B3, PetroRio ON disparou 8,32%, Weg ON acelerou 6,44%, Eletrobras ON subiu 6,07% e Banco Inter PN avançou 5,81%.
Pelo lado negativo, apenas três papéis encerraram o pregão no campo negativo: Suzano ON (-0,54%), Bradespar PN (-0,38%) e Vale ON (-0,36%).
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