Nos últimos anos, a contratação de seguros de vida no Brasil ultrapassou o número de seguros de automóveis. Antes negociados apenas como um meio de estreitar o relacionamento com os grandes bancos, os seguros de vida passaram a ser ofertados também como ferramentas financeiras.
“Seguro de vida nada mais é do que um aluguel para imprevistos”, afirma Victor Auge, especialista de seguros do BTG Pactual, em conversa com o B.Side Insights.
Na maioria dos casos, um seguro de vida faz sentido em duas situações: 1) quando se identifica que um cliente tem uma necessidade superior ao tamanho de seu patrimônio e 2) quando é necessário estruturar uma sucessão patrimonial, com o seguro sendo a forma mais barata e alavancada que existe no mundo.
“O seguro de vida individual ainda representa uma pequena fatia do mercado, porque ele é um seguro personalizado, não dá para ser aplicado em grande escala, então é um produto diferenciado”, explica Auge.
Seguro ou previdência privada para sucessão
Devo escolher entre um seguro de vida ou uma previdência privada para um planejamento sucessório? A resposta é depende, podendo ser ambos.
Hoje, na maioria dos estados as previdências privadas (PGBL e VGBL) entram no cálculo do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD), tributo estadual que incide sobre todos os bens transmitidos aos herdeiros. Em São Paulo, onde o tributo atualmente é isento, tramita na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) um projeto de lei que propõe uma série de ajustes fiscais, entre eles a cobrança de ITCMD sobre a transmissão de PGBL e VGBL.
Em contrapartida, não há a necessidade de declarar o seguro no imposto de renda.
“Mundialmente, o seguro de vida é a ferramenta hoje mais utilizada para sucessão, principalmente nos países onde a alíquota de imposto é altíssima”, diz Auge, acrescentando que o seguro serve como uma proteção de carteira, evitando resgates inesperados por motivos emergenciais.
Entre as principais diferenças entre os dois produtos, o seguro de vida traz alavancagem logo na largada, enquanto a previdência não traz a alavancagem nos primeiros anos de distribuição. Em um exemplo, se um investidor necessita de R$ 1 milhão de liquidez para sucessão, ele precisará aportar o valor total de R$ 1 milhão na previdência, enquanto no seguro pode comprar a mesma proteção com um valor inferior a 10% do que precisa.
“A previdência não traz alavancagem, já que para ter determinado valor é necessário aportar e dar tempo ao tempo. O seguro te proporciona desde já o valor estipulado e há a possibilidade de ser resgatável lá na frente. A previdência é um produto complementar ao seguro”, complementa o especialista.
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