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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 113 mil pontos pressionado por exterior negativo e inflação persistente; dólar sobe a R$ 5,34

Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 113 mil pontos pressionado por exterior negativo e inflação persistente; dólar sobe a R$ 5,34

Contaminado pelo clima de maior pessimismo no exterior, o Ibovespa encerrou a sequência de três altas consecutivas e registrou queda de 0,69%, aos 113.282,67 pontos. O índice teve desempenho positivo na semana, com valorização de 1,65%.

Somado à maior aversão a risco lá fora, também pesou o IPCA-15 de setembro mais forte do que o esperado. O indicador de inflação acelerou 1,14%, na maior alta para o mês desde 1994. Em Brasília, o relator da reforma do Imposto de Renda (IR), senador Angelo Coronel (PSD-BA), declarou que a votação do projeto pode ficar para 2022, porque seria “irresponsável” apresentar um parecer sem ouvir empresários, Estados e municípios.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas fecharam próximas da estabilidade, enquanto as bolsas europeias caíram em bloco. Investidores adotaram cautela na sessão desta sexta-feira ainda acompanhando os desdobramentos da crise envolvendo a incorporadora chinesa Evergrande. Além disso, os Treasuries seguiram em trajetória de alta, ainda reagindo à indicação do Federal Reserve de que poderá iniciar a redução do volume de compras de ativos (tapering) em novembro.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,64%, cotado a R$ 5,3438, também refletindo o sentimento de precaução no exterior e a persistente pressão inflacionária no Brasil. Hoje, a moeda americana registrou ganhos ante a maioria das divisas, desenvolvidas ou emergentes. Na semana, o dólar teve valorização de 1,16% em relação ao real.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, os frigoríficos subiram em bloco, com um forte fluxo de compra de investidores estrangeiros. Um relatório do Morgan Stanley afirmou que “simplesmente não há carne suficiente no planeta agora”. Minerva ON se valorizou 4,52%, seguida por alta de 3,72% para JBS ON, avanço de 2,68% para BRF ON e acréscimo de 1,12% para Marfrig ON.

Já os papéis de PetroRio ON aceleraram 3,87%, acompanhando a alta dos preços do petróleo. Ainda no setor, Petrobras PN subiu 0,22%.

Pelo lado negativo, as ações de Méliuz ON tombaram 7,09%, dando sequência às sessões de extrema volatilidade envolvendo a companhia. Ainda, o resultado mais forte do IPCA-15 também afeta a Méliuz, além das varejistas. Nesse cenário, Americanas SA ON recuou 3,55%, Magazine Luiza ON caiu 1,51% e Via ON perdeu 1,05%.

Os setores bancário e de mineração e siderurgia (mesmo com a valorização do minério de ferro) tiveram um dia de perdas, impactados por temores externos sobre a crise da Evergrande. Itaú Unibanco PN se desvalorizou 1,39%, Bradesco PN registrou baixa de 2,22% e Banco do Brasil ON teve decréscimo de 0,78%, enquanto Vale ON cedeu 1,55%, Usiminas PNA caiu 2,16% e CSN ON teve queda de 3,59%.

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