Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa não demonstrou força diante de uma série de incertezas e praticamente andou de lado, em leve alta de 0,06%, aos 110.457,64 pontos. O índice foi puxado para cima principalmente por Vale, empresa mais relevante da Bolsa. O dia também foi marcado por uma recuperação das varejistas, mesmo com o recuo de 3,1% nas vendas do varejo em agosto em relação a julho.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, novamente impulsionadas pelas empresas do setor de tecnologia. Somado a isso, investidores se mostraram mais otimistas por um acordo sobre o teto da dívida pública dos Estados Unidos, após o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, afirmar em reunião fechada para republicanos que ofereceria uma extensão dos débitos no curto prazo. Entre os indicadores econômicos, o setor privado americano criou 568 mil vagas de trabalho no mês de setembro, bem acima das expectativas do mercado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista praticamente se manteve imóvel, com avanço de 0,02%, cotado a R$ 5,4861. A moeda americana perdeu força principalmente após os republicanos oferecerem uma solução temporária para o teto da dívida dos EUA. Antes disso, o dólar atingiu seu maio nível desde abril com aversão a risco global.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Rumo ON dispararam 6,82%, refletindo o novo projeto de ferrovia estadual no Mato Grosso, considerado pelo BTG Pactual como um “marco importante” para a empresa.
Já as varejistas, mesmo com dados negativos para o setor, subiram em bloco, com investidores interpretando que os nomes do segmento estão excessivamente descontados. Americanas ON acelerou 7,35%, Magazine Luiza ON subiu 5,78%, Lojas Americanas PN teve acréscimo de 5,11% e Via ON se valorizou 3,31%.
Os papéis de Vale ON avançaram 2,82%, se recuperando de três quedas consecutivas.
Pelo lado negativo, sem notícias específicas, nomes dos setores de tecnologia e de commodities sofreram nesta quarta-feira, casos de Locaweb ON, com desvalorização de 4,46% e de Braskem PNA, com queda de 4,57%.
As ações de Petrobras ON e PN caíram 2,31% e 2,58%, respectivamente, seguindo o movimento de baixa do petróleo em ritmo de realização de lucros. Os preços da commodity também foram afetados depois do relatório semanal de estoques dos Estados Unidos apontar para um aumento de barris, quando o mercado previa estabilidade.
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