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Fechamento B.Side: Ibovespa tomba mais de 3% e recua aos 110 mil pontos com temores fiscais renovados fiscais; dólar dispara a R$ 5,59

Fechamento B.Side: Ibovespa tomba mais de 3% e recua aos 110 mil pontos com temores fiscais renovados fiscais; dólar dispara a R$ 5,59

A notícia de que o governo deve elevar o Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família, para R$ 400 até o final de 2022, sendo que R$ 100 ficariam fora do teto de gastos, caiu como uma bomba no mercado doméstico. Para a operação acontecer, seria preciso uma mudança na Constituição para liberar o limite de despesas, e o veículo para a alteração seria a PEC dos Precatórios.

Diante desse cenário, a Bolsa derreteu, enquanto os mercados de câmbio e de juros dispararam. O Ibovespa registrou tombo de 3,28%, aos 110.672,76 pontos. Já o dólar acelerou 1,33%, cotado a R$ 5,5938, mesmo com o Banco Central promovendo um leilão de US$ 500 milhões no mercado à vista pela manhã. A forte aversão a risco faz com que o mercado precifique um panorama de maior dificuldade fiscal para o País. Hoje, o diretor de política econômica do BC, Fabio Kanczuk, afirmou que se o fiscal piorar, a instituição precisará de uma política monetária mais apertada.

Em Wall Street, as bolsas americanas tiveram mais um dia de ganhos, apoiadas por balanços positivos das empresas no terceiro trimestre de 2021, diminuindo cada vez mais as preocupações com a pandemia de covid-19. De acordo com a FactSet, 82% das companhias do S&P 500 que reportaram resultados até a manhã de terça-feira superaram as expectativas do mercado.

Destaques da Bolsa

Em um dia de perdas generalizadas, apenas dos papéis encerraram no campo positivo. As units de GetNet dispararam 17,88%, dando sequência à forte alta vista ontem, quando a companhia estreou na B3. Já as ações de Americanas SA avançaram 0,23%.

Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN recuaram 4,37% e 4,89%, respectivamente, mesmo com a alta do petróleo no mercado internacional. Além do cenário indigesto para quase todas as empresas brasileiras, pesou a notícia de que a petroleira teria confirmado que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que teriam vindo acima de sua capacidade de produção, acendendo o botão de alerta para um possível risco de desabastecimento no País.

A disparada dos juros futuros também afetou diversos empresas de setores como o de construção e de tecnologia. As units de Banco Inter caíram 6,79%, Locaweb ON recuou 7,05%, Cyrela ON se desvalorizou 7,19% e Eztec ON registrou queda de 6,75%.

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