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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 106 mil pontos pressionado por inflação acima do esperado; dólar sobe a R$ 5,57

Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 106 mil pontos pressionado por inflação acima do esperado; dólar sobe a R$ 5,57

Pressionado por um indicador de inflação acima do esperado pelo mercado, o Ibovespa teve nova sessão de perdas e caiu 2,11%, aos 106.419,53 pontos. Antes da abertura do pregão, o IPCA-15 de outubro acelerou 1,20%, o que representa a maior taxa para o mês desde 1995, ante expectativa de alta de 0,98%. O dado só reforça a tese de uma elevação mais forte da Selic, cuja decisão será divulgada amanhã pelo Banco Central.

Outro indicador econômico, a arrecadação federal de impostos registrou uma alta real de 12,87% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado e alcançou a soma de R$ 149,102 bilhões, recorde para o mês na série histórica iniciada em 1995. Com isso, o recolhimento de tributos em 2021 chegou a R$ 1,349 trilhão, um avanço real de 22,30% ante o mesmo período de 2020.

Em Wall Street, as bolsas americanas tiveram mais um dia positivo, com Dow Jones e S&P 500 renovando recordes históricos de fechamento. Por lá, investidores seguem otimistas com a temporada de balanços do terceiro trimestre de 2021, com a maioria das empresas surpreendendo positivamente analistas.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,32%, cotado a R$ 5,5734, também repercutindo a inflação mais forte do que o previsto, mas desacelerou ao longo da sessão com os dados de arrecadação de setembro. Para a reunião do Copom que se encerra amanhã, o mercado aposta majoritariamente em uma elevação de 150 pontos-base. Há também uma quantidade relevante de instituições que acreditam em um aumento de 125 pontos-base.

Destaques da Bolsa

Entre as maiores valorizações do dia na B3, as ações de EDP Brasil ON subiram 2,24%, após a companhia reportar no terceiro trimestre de 2021 um lucro líquido de R$ 510,5 milhões, 70,3% maior quando comparado o mesmo período de 2020. No critério ajustado por efeitos não recorrentes e não caixa, a cifra alcançou R$ 266,1 milhões, uma valorização de 20,7%.

Já os papéis de Braskem PNA avançaram 1,79%, sem nenhuma notícia específica, mas com analistas atribuindo o resultado do dia a uma recuperação de perdas em outubro.

A sessão também foi marcada por alguns papéis considerados mais defensivos no campo positivo, casos de Weg ON (+0,28%) e CPFL Energia ON (+0,78%).

Pelo lado negativo, as blue chips tiveram queda generaliza, com baixa de 0,96% para a Petrobras PN, de 1,07% para Vale ON, de 1,08% para Itaú Unibanco PN e de 2,26% para Bradesco PN.

A perspectiva de juros mais altos afetou novamente setores como o de construção e de varejo. Eztec ON afundou 7,64%, Cyrela ON tombou 5,07%, Magazine Luiza ON perdeu 2,92% e Via ON se desvalorizou 6,07%.

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