Após registrar duas altas consecutivas, o Ibovespa voltou a operar no campo negativo, fechando o dia em queda de 0,75%, aos 101.945, 20 pontos, acompanhando o sentimento de maior aversão a risco nos mercados internacionais. O índice foi novamente pressionado por nomes mais sensíveis ao cenário doméstico diante de uma aceleração dos juros futuros.
Em Wall Street, as bolsas americanas encerraram a sessão em baixa, com exceção do Nasdaq, com o mercado tentando entender qual será a velocidade da retirada de estímulos monetários por parte do Federal Reserve. Hoje, o Goldman Sachs elevou para quatro vezes a expectativa do número de alta de juros nos Estados Unidos em 2022. Em dezembro, a projeção da casa era de três elevações.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,76%, cotado a R$ 5,6743, em linha com a força da moeda americana no exterior, diante do avanço dos Treasuries, os títulos públicos americanos, com investidores à espera de um dado de inflação (CPI) que será divulgado na quarta-feira nos EUA.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de mineradoras, com exceção de Vale ON (-1,23%) e siderúrgicas estiveram entre as principais altas da sessão, mesmo com o anúncio de suspensão de operações por conta de fortes chuvas em Minas Gerais. Usiminas PNA disparou 4,84%, CSN ON acelerou 3,07% e Gerdau PN avançou 0,51%.
Mesmo com a queda do petróleo, alguns papéis relacionados a commodity permaneceram no campo positivo. PetroRio ON subiu 2,17% e 3R Petroleum ON teve acréscimo de 1,47%. Por outro lado, as ações de Petrobras ON e PN caíram 0,68% e 0,96%, respectivamente.
Pelo lado negativo, papéis mais sensíveis ao cenário doméstico voltaram a sofrer com a alta dos juros futuros. As units de Banco Inter derreteram 8,38%, Magazine Luiza ON tombou 7,40% e Méliuz ON perdeu 6,13%.
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