Em um cenário de maior aversão a risco nos mercados globais, o Ibovespa tomou sentido contrário às bolsas do exterior e registrou alta de 0,28%, aos 106.667,66 pontos, impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho das ações ligadas a commodities.
Em Wall Street, na volta do feriado, as bolsas americanas recuaram em bloco, com maiores perdas para o índice Nasdaq (-2,60%). As ações de tecnologia foram novamente impactadas pela aceleração dos rendimentos dos Treasuries. Os títulos públicos americanos com vencimento em 10 anos alcançaram o maior patamar em dois anos. Além disso, investidores também monitoraram resultados corporativos. As ações do Goldman Sachs recuaram mais de 7% depois de o banco divulgar um balanço decepcionante na visão de analistas.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,61%, cotado a R$ 5,5603, em linha com o desempenho das moedas emergentes ante a moeda americana, refletindo o avanço dos rendimentos dos Treasuries nos EUA.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, empresas ligadas a commodities registraram as maiores altas da sessão. Impulsionadas pela aceleração do petróleo, com o barril do tipo Brent atingindo o maior patamar desde outubro de 2014, PetroRio ON disparou 4,82%. Em movimento mais tímido, os papéis de Petrobras ON e PN subiram 0,35% e 0,44%, respectivamente.
As mineradoras e siderúrgicas também apresentaram fortes ganhos, acompanhando a valorização do minério de ferro. Vale ON registrou alta de 2,45%, Gerdau PN acelerou 3,40%, Usiminas PNA subiu 1,91% e CSN ON teve acréscimo de 2,59%.
Já o setor de educação, um dos mais penalizados durante a pandemia de covid-19, teve um dia de alívio. Diante de uma perspectiva de retomada, Cogna ON avançou 3,69% e Yduqs ON se valorizou 2,94%.
Pelo lado negativo, a alta dos juros futuros, acompanhando o movimento de disparada dos Treasuries, voltou a impactar ações do setor de tecnologia. Locaweb ON desabou 10,61%, as units de Banco Inter tombaram 10,43% e Totvs ON recuaram 4,43%.
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