Mais uma vez na contramão dos mercados acionários globais, o Ibovespa subiu 1,01%, aos 109.101,99 pontos, na terceira sessão consecutiva de ganhos. O índice segue beneficiado por um arrefecimento dos juros futuros, intensificados hoje após falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre inflação e o cenário fiscal.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco pelo terceiro dia seguido, novamente, com ações de tecnologia sendo penalizadas com o mercado interpretando que os rendimentos dos Treasuries ainda permanecem elevados à medida que o Federal Reserve se prepara para realizar um aperto monetário. Entre os dados econômicos, o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA subiu a 286 mil na semana passada, acima do consenso de 225 mil, enfraquecendo o argumento de um movimento mais intenso por parte do Fed.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou queda de 0,90%, cotado a R$ 5,4165, em linha com a força de moedas emergentes ante à divisa americana na sessão de hoje. No exterior, investidores digeriram redução de juros na China e de dados decepcionantes de emprego nos Estados Unidos.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, papéis mais sensíveis à curva de juros voltaram a registrar um forte desempenho. As units de Banco Inter dispararam 13,16%, Méliuz ON acelerou 8,27%, Petz ON avançou 9,71% e Magazine Luiza ON ganhou 5,39%.
O setor aéreo e de turismo também teve uma sessão de recuperação, com CVC ON registrando alta de 10,47%, Azul PN se valorizando 7,52% e Gol PN com acréscimo de 3,40%.
As ações de Petrobras ON e PN subiram 0,64% e 0,73%, respectivamente, mesmo com o preço do petróleo em queda, com o mercado dando sequência ao otimismo em relação à estatal.
Pelo lado negativo, as ações de Suzano ON recuaram 2,49% e as units de Klabin perderam 0,31%, com as exportadoras de papel e celulose sendo penalizadas pela desvalorização do dólar.
Depois de subir mais de 4% em duas sessões, os papéis de Vale ON caíram 1,70%, em movimento de realização de lucros.
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