Em novo dia de forte aversão a risco para os mercados globais, o Ibovespa registrou desvalorização de 1,01%, aos 111.756,55 pontos. Por aqui, investidores analisaram a leitura do IPCA-15, acima das expectativas do mercado, e reagiram a balanços ruins do quarto trimestre de 2021 e pressão sobre as empresas relacionadas a commodities metálicas.
Em Wall Street, as bolsas americanas também recuaram em bloco, com o índice Dow Jones caindo pela quarta sessão consecutiva, em seu nível mais baixo em 2022, à medida em que as tensões entre Rússia e Ucrânia aumentam a cada dia. A leitura é que os mercados acionários continuarão sendo impactados até que investidores tenham uma resposta mais clara a respeito da crise geopolítica.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve queda de 0,95%, cotado a R$ 5,0042, em mais um pregão de entrada de fluxo estrangeiro no País. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a ficar abaixo do nível psicológico de R$ 5, a R$ 4,9980. O aumento do diferencial de juro do Brasil com o exterior tem sido apontado como um dos principais fatores para a valorização de 10% do real em 2022.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Eletrobras PNB e ON subiram 3,27% e 2,14%, respectivamente, impactadas pela notícia de que o processo de privatização da companhia foi aprovado ontem por acionistas em assembleia geral extraordinária (AGE).
Papéis considerados mais defensivos do setor elétrico também estiveram entre as principais altas da sessão, casos das units de Taesa (+2,11%), Copel PNB (+1,81%), Cemig PN (+2,28%), CPFL ON (+1,82%) e Equatorial (+1,12%).
Pelo lado negativo, as ações de 3R Petroleum ON derreteram 12,49%, mesmo depois de a companhia registrar lucro de R$ 19,8 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 147,5 milhões de 2020. Investidores consideraram fracos os resultados trimestrais da companhia.
Já as units de Banco Inter tombaram 12,12%, ainda sentindo o peso dos resultados corporativos apresentados na segunda-feira.
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