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Fechamento B.Side: Ibovespa tomba aos 116 mil pontos pressionado por exterior e aceleração dos juros futuros; dólar recua a R$ 4,69 após fala de Campos Neto

Pressionado por um clima de maior aversão a risco no exterior, o Ibovespa registrou queda de 1,16%, aos 116.952,85 pontos. Além disso, papéis mais dependentes da economia doméstica foram novamente pressionados com a aceleração dos juros futuros, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmar que a inflação medida pelo IPCA em março foi uma surpresa, acrescentando que a autoridade monetária avaliará se o indicador do mês passado influenciará de alguma maneira a “tendência” da inflação.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com piores resultados para as ações de tecnologia, com investidores se preparando para um aperto monetário maior por parte do Federal Reserve, com o cenário sendo refletido, principalmente, no mercado de renda fixa americano. Hoje, os rendimentos dos Treasuries, títulos públicos americanos, de 10 anos saltaram acima de 2,78%, nos maiores níveis desde janeiro de 2019.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,39%, cotado a R$ 4,6904, também reagindo às falas de Campos Neto, que abriu a porta, na visão do mercado, para um prolongamento do ciclo de alta de juros além de maio.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Braskem PNA subiram 1,88%, com o mercado repercutindo a informação de que a proposta da J&F para comprar a companhia inclui toda a petroquímica, ou seja, a participação de 36% da Petrobras e a fatia de 38% da Novonor, ex-Odebrecht.

Já os papéis de Ambev ON avançaram 1,81%, às vésperas da companhia realizar seu dia do investidor nos dias 12 e 13 de abril. Parte do otimismo para a empresa pode ser atribuído com as vendas do Carnaval, que será celebrado em São Paulo e no Rio de Janeiro no próximo feriado de Tiradentes.

Pelo lado negativo, as ações de BRF ON derreteram 7,11%, sem nenhum motivo específico, com especialistas do mercado atribuindo a queda a um movimento de “realização técnica”. No setor, outros frigoríficos também registraram baixas, com desvalorização de 2,90% para Marfrig ON, recuo de 3,55% para Minerva ON e perda de 1,70% JBS ON.

Por fim, as próprias ações da B3 ON caíram 4,62%, após a empresa divulgar seus dados operacionais, com volume financeiro médio diário de R$ 33,2 bilhões em março, uma queda de 12,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.



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