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Fechamento B.Side: Ibovespa encerra sequência de sete quedas seguidas e retoma os 109 mil pontos; dólar volta a operar acima de R$ 5,00, mas fecha em R$ 4,96

Encerrando uma sequência negativa de sete quedas consecutivas, o Ibovespa registrou valorização de 1,05%, aos 109.349,37 pontos, impulsionado, principalmente, pelas empresas ligadas a commodities metálicas, beneficiados pelo noticiário mais positivo envolvendo a China. No noticiário doméstico, investidores também avaliaram os dados do IPCA-15 de abril, que subiu 1,73%, na maior alta para o mês desde 1995, mas abaixo das expectativas do mercado.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e S&P 500 recuperando uma pequena parte das perdas da véspera. Por outro lado, o Nasdaq fechou na mínima de 2022, um dia após sua pior perda diária desde 2020, dando sequência ao movimento de liquidação das ações de tecnologia em abril. Contudo, alguns papéis se beneficiam dos fortes resultados dos lucros corporativos. A Microsoft, por exemplo, disparou mais de 4% depois de apresentar um balanço trimestral melhor do que o esperado e com um guidance otimista de receita futura.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,47%, cotado a R$ 4,9671. Apesar de encerrar no campo negativo, a moeda americana chegou a subir em parte da sessão e operou acima de R$ 5,00 pela primeira vez em mais de um mês. A mudança de rumo aconteceu em linha com a melhora do clima no exterior, além da percepção de entrada de fluxo de capital mais firme no período da tarde.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as mineradoras e siderúrgicas subiram com força, reagindo à recuperação dos preços do minério de ferro, com notícias de que a China deve estimular investimentos em infraestrutura. Vale ON disparou 5,35%, CSN ON acelerou 4,58%, Gerdau PN registrou alta de 6,01% e Usiminas PNA ganhou 1,11%.

Já os papéis de Weg ON se valorizaram 5,50%, após a empresa reportar um lucro líquido de R$ 943,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma alta de 23,5% ante igual período do ano passado. O lucro líquido foi impactado positivamente pelo reconhecimento dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins. Desconsiderando estes efeitos não recorrentes, o lucro líquido seria de R$ 918,1 milhões neste trimestre.

Pelo lado negativo, as units de Santander Brasil recuaram 0,41%, ainda penalizadas pelo balanço de ontem da companhia, quando mostrou uma deterioração mais rápida dos níveis de inadimplência, apesar da margem com cliente apresentar um forte crescimento, apoiada pelos spreads em alta em linha com o movimento da taxa Selic. Ainda no segmento, Itaú PN cedeu 0,71%. Na contramão dos pares, Bradesco PN avançou 0,60% e Banco do Brasil ON subiu 0,44%.

Por fim, as ações de Hapvida ON desabaram 5,84%, com investidores avaliando que a taxa de sinistralidade médica do setor deve permanecer sob pressão no primeiro trimestre. De acordo com o Boletim Covid-19 da ANS divulgado ontem, os beneficiários de saúde aumentaram 0,7% no ano até março, levando a base a crescer 2,2% na variação anual, para 49,1 milhões.

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