Beneficiado pelo apetite a risco global de investidores após a decisão de política monetária do Federal Reserve, o Ibovespa registrou alta de 1,70%, aos 108.343,74 pontos. Antes da reunião, o índice operava no campo negativo. Agora, o mercado aguarda pela decisão de política monetária do Copom, que deve promover uma elevação de 1 ponto percentual para a taxa Selic. A forte valorização de Petrobras, impulsionada pela disparada do petróleo, foi o destaque da Bolsa nesta quarta-feira.
Em Wall Street, as bolsas americanas também registraram importantes ganhos, depois de o Fed elevar a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual, para a faixa entre 0,75% e 1,00%, em decisão amplamente esperada pelo mercado. O motivo do alívio, contudo, veio quando o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou que o banco central americano pretende promover mais uma elevação de 0,5 ponto percentual na reunião de junho, descartando um movimento mais agressivo no combate à inflação.
No mercado de câmbio, o dólar à vista recuou 1,21%, cotado a R$ 4,9036, também refletindo a decisão do Fed, com a moeda americana perdendo força globalmente ante as principais divisas, depois de Powell afirmar que o comitê não está considerando ativamente uma elevação de 0,75 ponto nos juros nas próximas reuniões.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN dispararam 4,72% e 6,02%, respectivamente, acompanhando a valorização superior a 5% do petróleo no mercado internacional, com notícias de que a União Europeia irá banir as importações da commodity russa por seis meses. Outros nomes do setor também se destacaram, casos de PetroRio ON (+5,81%) e 3R ON (+4,68%).
Papéis mais sensíveis à curva de juros também se destacaram na sessão, diante de um alívio do mercado com ativos de risco, como os segmentos de varejo e tecnologia. As ações de Magazine Luiza ON subiram 7,61%, de Méliuz ON avançaram 7,35%, de Americanas ON ganharam 7,54% e as units de Banco Inter registraram alta de 5,76%.
Pelo lado negativo, as ações de Marfrig ON derreteram 7,76%, depois de a empresa registrar um lucro líquido de R$ 109 milhões no balanço do primeiro trimestre de 2022, o que representa uma queda de 61,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
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