Futuros de NY recuam após disparada na véspera com sinalização do Fed
Os índices futuros de Nova York operam em baixa, após forte valorização na véspera, enquanto as bolsas europeias adotam trajetória de alta nesta quinta-feira, com o mercado ainda reagindo à declaração do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que um aumento dos juros em ritmo mais intenso, em 0,75 ponto percentual, não é algo que está sendo considerado pela instituição. Powell afirmou que “mais elevações de juros de 0,5 ponto percentual são possibilidades nas próximas reuniões”. O Banco da Inglaterra (BoE) elevou a taxa básica de juros de 0,75% para 1%. Na China, o PMI composto caiu para 37,2 pontos em abril, de 43,9 em março. Na agenda do dia, os EUA divulgam às 9h30 pedidos de seguro-desemprego da semana e indicador de produtividade do primeiro trimestre. Entre as commodities, o petróleo opera em leve alta, em dia de reunião da Opep+, enquanto o minério de ferro sobe mais 2% na bolsa de Dalian, com informações de que a China irá ajudar no financiamento de empresas do setor imobiliário.
Copom antevê mais uma alta em “menor magnitude” em junho
No cenário doméstico, o Copom elevou a taxa Selic de 11,75% para 12,75% ao ano, conforme esperado pelo mercado e em decisão unânime do colegiado. Dado o cenário, o Banco Central anteveu que na próxima reunião deverá acontecer uma extensão do ciclo de alta de juros, mas com “ajuste em menor magnitude”. Porém, reforçou que tanto o cenário quanto o atual ciclo de ajuste (já bastante contracionista) demandam cautela neste movimento. Embora desta vez o Copom não tenha sinalizado de forma tão clara até onde pretende ir, a atividade ainda fraca e o atual estágio de aperto permitem a conclusão de que o fim do ciclo está de fato próximo. Em Brasília, o Senado aprovou a MP que torna o Auxílio Brasil de R$ 400 permanente. O texto segue para sanção presidencial. Na Câmara, foi aprovado projeto de lei que estabelece piso salarial para enfermagem, com impacto de R$ 16 bilhões.
Petrobras e Bradesco divulgam balanço do 1TRI22 hoje
No noticiário corporativo, a Gerdau teve lucro de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022, enquanto a Ambev lucrou R$ 3,5 bilhões no 1T22, alta de 28,6%. O Banco Pan teve lucro de R$ 195 milhões, aumento de 2,6%, e a BRF reverteu lucro e teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão. A CSN lucrou R$ 1,4 bilhão, queda de 76%, e a PetroRio registrou lucro de US$ 228,7 milhões, ante prejuízo em 2021. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) teve lucro de R$ 1,4 bilhão, avanço de mais de 10 vezes, e a Suzano reverteu o prejuízo de um ano atrás e lucrou R$ 10,3 bilhões. Além do resultado, a Suzano anunciou programa de recompra de 20 milhões de ações e elevou em US$ 30 por tonelada preço da celulose na Ásia, segundo a imprensa. Após o fechamento do mercado, serão divulgados os resultados de Petrobras, Bradesco, AES Brasil, Alpargatas, Arezzo, BR Properties, Carrefour, EcoRodovias, Engie, Fleury, Lojas Renner, Natura, Rumo, Sanepar, Sequoia, Simpar e Unidas.
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