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Fechamento B.Side: em dia marcado por pior sessão de Dow Jones e Nasdaq desde 2020, Ibovespa tomba quase 3% e recua aos 105 mil pontos; dólar dispara a R$ 5,01

Fechamento B.Side: em dia marcado por pior sessão de Dow Jones e Nasdaq desde 2020, Ibovespa tomba quase 3% e recua aos 105 mil pontos; dólar dispara a R$ 5,01

Depois de um dia de fortes altas para os mercados acionários globais ontem após a decisão de política monetária do Federal Reserve, as bolsas apresentaram uma reversão impressionante nesta quinta-feira e passaram por um importante ajuste de preços. Neste cenário, o Ibovespa derreteu 2,81%, aos 105.304,19 pontos, zerando toda a valorização acumulada no primeiro trimestre do ano. Por aqui, os juros futuros registraram forte alta reagindo ao Copom, que deu sinalizações de que continuará o aperto monetário na próxima reunião de junho.

Em Wall Street, as bolsas americanas também afundaram no campo negativo, com o índice Nasdaq e Dow Jones registrando suas piores quedas em um único dia desde 2020. Já o S&P 500 marcou seu segundo pior dia do ano. As grandes ações de tecnologia estiveram sob os holofotes, com a Meta, dona do Facebook, e a Amazon caindo 6,7% e 7,5%, respectivamente. O mercado de renda fixa também viu uma reversão, com o rendimento dos Treasuries de 10 anos voltando a superar o patamar de 3%, em seu nível mais alto desde 2018.

No mercado de câmbio, o dólar à vista disparou 2,30%, cotado a R$ 5,0165, em meio ao cenário de maior aversão a risco no exterior, com o mercado corrigindo o movimento considerado exagerado de ontem. Nem mesmo o tom mais hawkish do Banco Central, que teoricamente favoreceria o real, foi suficiente para impedir a forte valorização da moeda americana.

Destaques da Bolsa

Em um dia de perdas praticamente generalizadas na B3, apenas quatro ações encerraram a sessão no campo positivo. As maiores altas vieram de Gerdau Metalúrgica PN, que avançou 3,63%, e Gerdau PN, que acelerou 2,34%, sendo que a última registrou lucro de R$ 2,9 bilhões no balanço do primeiro trimestre de 2022, o que representa uma alta de 19% em relação mesmo período do ano passado. Além disso, a companhia aprovou um programa de recompra de até 55 milhões de ações preferenciais.

Já as exportadoras de papel e celulose encerraram no azul, com alta de 2,71% para Suzano ON e valorização de 1,17% para as units de Klabin, com ambas as empresas sendo auxiliadas pela valorização do dólar. A Suzano reverteu o prejuízo de R$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre de 2021 e reportou lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Pelo lado negativo, papéis sensíveis à curva de juros tiveram as maiores perdas do pregão. Totvs ON derreteu 11,13%, Magazine Luiza ON tombou 10,71%, as units de Banco Inter recuaram 9,36% e Americanas ON perdeu 7,17%.

As ações de Cielo ON caíram 8,77%, mesmo depois de a empresas registrar lucro líquido trimestral de R$ 184,6 milhões, superando os R$ 166,8 milhões registrados no mesmo período de 2020. No entanto, a empresa quebrou a sequência de crescimento dos últimos cinco trimestres.



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