Pressionado por um movimento de aversão global a risco e pela forte queda das ações de Petrobras, o Ibovespa registrou desvalorização de 2,06%, aos 111.716 pontos. Hoje, o presidente do banco central americano, Jerome Powell, voltou a discursar e e afirmou que o Fed lida com uma “situação econômica excepcional” e que está “comprometido a usar todas as ferramentas para ver a economia superar esse período desafiador”, aumentando as apostas por uma atuação ainda mais dura da autoridade monetária. Apesar do recuo na sessão, a Bolsa brasileira encerrou a semana em alta de 2,23%.
Em Wall Street, as bolsas americanas caíram em bloco, encerrando uma semana de perdas generalizadas após o Federal Reserve anunciar uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos e sinalizar um aumento de mesma magnitude na próxima reunião de novembro. O índice Dow Jones atingiu a mínima do ano, fechando abaixo dos 30 mil pontos pela primeira vez desde 17 de junho. Na semana, Dow, S&P 500 e Nasdaq perderam 4,00%, 4,65% e 5,07%, respectivamente, na semana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 2,62%, cotado a R$ 5,2485, diante de temores crescentes de uma recessão global. No entanto, o destaque negativo ficou por conta da libra esterlina, que registrou sua nova baixa em mais de três décadas em relação ao dólar, após o Reino Unido anunciar um novo plano econômico, que inclui uma série de cortes de impostos, o maior desde 1972, o que foi mal recebido pelo mercado.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Equatorial ON dispararam 7,75%, após a companhia comprar a CELG-D, distribuidora de energia de Goiás, e que pertence à Anel, por R$ 1,6 bilhão, além de assumir uma dívida líquida de R$ 5,9 bilhões, de acordo com o último balanço publicado.
Já os papéis de Fleury ON aceleraram 3,69%, repercutindo notícias do sancionamento de lei que obriga planos de saúde a cobrir tratamentos e procedimentos fora do rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), medida considerada favorável para a companhia.
Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN derreteram 7,06% e 6,26%, respectivamente, acompanhando a forte queda do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo WTI caiu 5%, abaixo dos US$ 80, enquanto o Brent teve queda superior a 4%, cotado a US$ 86.
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