Mesmo em um dia de menor aversão a risco no exterior, o Ibovespa registrou leve queda de 0,08%, aos 105.711,05 pontos, com agentes adotando cautela por conta do noticiário doméstico envolvendo a reoneração dos combustíveis, confirmada pelo Ministério da Fazenda. A pasta confirmou nesta segunda-feira que está assegurada 100% a retomada da arrecadação de impostos ligada à gasolina e ao álcool. A Fazenda indicou três motivos para a decisão: ambiental, onerando mais fóssil; social, penalizando menos o consumidor; e econômico, preservando a arrecadação.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, tentando se recuperar depois dos mercados acionários de Nova York terem apresentado sua pior semana desde dezembro diante da perspectiva de manutenção de juros altos por um período mais elevado. Além disso, foi visto um movimento contrário para os Treasuries, os títulos públicos americanos, cujos rendimentos tiveram baixa na sessão
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,16%, cotado a R$ 5,2072, também reagindo à expectativa de agentes pela posição do governo em relação à reoneração de combustíveis. Em âmbito global, a moeda americana teve um dia de fraqueza em relação a divisas de países desenvolvidos e emergentes, contudo o real não conseguiu surfar a onda da recuperação.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN subiram 1,66% e 0,69%, respectivamente, após o Ineep estimar que o lucro líquido da estatal deve subir 62% no quarto trimestre de 2022, para R$ 51,3 bilhões, impulsionado pelo aumento do barril do tipo Brent e da elevação dos preços médios de venda dos derivados no mercado interno. Vale lembrar que a Petrobras divulga seu balanço trimestral na próxima quarta-feira, dia 1º de março.
As ações de Raízen ON dispararam 5,19%, com a companhia sendo beneficiada pela notícia de reoneração dos combustíveis.
Pelo lado negativo, o setor bancário recuou em bloco, em uma sessão na qual o apetite dos investidores estrangeiros foi menor. Itaú PN caiu 1,29%, Banco do Brasil ON cedeu 1,36%, Bradesco PN se desvalorizou 0,98% e as units de Santander tiveram decréscimo de 0,76%.
Já os papéis de Hapvida ON tombaram 4,21%, com incertezas do mercado sobre o processo de captura de sinergias após fusão com a NotreDame e o nível de endividamento da companhia. A empresa divulga o balanço do quarto trimestre de 2022 amanhã (28), após o fechamento do mercado.
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