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Fechamento B.Side: em alta pelo 3º dia consecutivo e na contramão de NY, Ibovespa retoma 101 mil pontos; dólar cai a R$ 5,16 após ata do Copom

Fechamento B.Side: em alta pelo 3º dia consecutivo e na contramão de NY, Ibovespa retoma 101 mil pontos; dólar cai a R$ 5,16 após ata do Copom

Em alta pelo terceiro dia consecutivo e na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou valorização de 1,52%, aos 101.185,09 pontos, retomando o nível psicológico dos 100 mil pontos perdido na última quinta-feira (23). Por aqui, investidores reagiram à divulgação da ata do Copom, cuja reunião na semana passada manteve a taxa Selic inalterada em 13,75% ao ano. O documento trouxe uma postura dura do Banco Central, reforçando o risco inflacionário no curto prazo, mas avaliou que um arcabouço fiscal razoável poderá ajudar na desinflação, preparando terreno para o início do ciclo de corte de juros no País. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata trouxe “termos mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a monetária”.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o aumento dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos, voltando a pressionar ativos de maior risco, entre eles as ações de tecnologia, as mais penalizadas desta sessão, com pior resultado para Meta (-1,06%). Além disso, investidores seguiram atentos ao noticiário envolvendo o setor bancário. Hoje, o vice-presidente de supervisão do Federal Reserve, Michael Barr, reforçou a resiliência do segmento, em audiência no Senado americano, e falou que o Silicon Valley Bank (SVB) quebrou por ter falhado em medir os riscos das altas de juros e dos problemas de liquidez.

No mercado de câmbio, o dólar à vista recuou 0,80%, cotado a R$ 5,1648, em linha com o enfraquecimento da moeda americana em âmbito global, diante de uma menor tensão sobre o setor bancário e aumento de apostas para que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros dos Estados Unidos inalterada na próxima reunião de maio. Por aqui, a ata do Copom reforçou a visão da maioria do mercado que de o Banco Central só deve iniciar o ciclo de corte de juros no segundo semestre de 2023.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, os papéis de Hapvida ON dispararam 18,47%, depois que a empresa informou que vendeu 10 imóveis para a Família Pinheiro por R$ 1,2 bilhão e anunciou um potencial follow on.

Já as ações de Ambev ON aceleraram 4,74%, em movimento que coincidiu com a notícia de que o Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava e Petra, entrou com pedido de recuperação judicial e tutela cautela para liberar recursos.

Pelo lado negativo, as ações de Rede D’Or ON tombaram 4,85%,após a companhia reportar lucro líquido de R$ 282,5 milhões no quarto trimestre de 2022, uma queda de 32,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os resultados ainda não contemplam o consolidado com a SulAmérica, cuja incorporação foi concluída no dia 23 de dezembro. Os números foram considerados fracos pela maiores dos analistas.

Por fim, as ações de Méliuz ON recuaram 0,99%, depois de a empresa anunciar ontem uma proposta de grupamento e desdobramento simultâneo de papéis ordinários. O objetivo da companhia seria evitar que as ações se tornem ‘penny stocks’, quando os papéis ficam abaixo de R$ 1 por 30 sessões consecutivas. Desde o IPO, em 20 de novembro de 2020, Méliuz acumula desvalorização superior a 40%.

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