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Fechamento B.Side: Ibovespa recua pelo 11º pregão consecutivo com China no radar, mas mantém os 116 mil pontos; dólar encosta nos R$ 5

Fechamento B.Side: Ibovespa recua pelo 11º pregão consecutivo com China no radar, mas mantém os 116 mil pontos; dólar encosta nos R$ 5

Em mais um pregão de aversão a risco no exterior, contaminando o desempenho dos ativos domésticos, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,55% na sessão desta terça-feira, aos 116.171,42 pontos, acumulando uma sequência de 11 dias consecutivos do principal índice da B3 no campo negativo. E a queda só não foi maior por conta das ações preferenciais de Petrobras, que anunciou reajuste no preço dos combustíveis. Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que a redução de juro no País deve vir acompanhada de “credibilidade”.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, pressionadas pelas preocupações com China. Por lá, para injetar liquidez na economia, o Banco do Povo (PBoC) cortou duas de suas principais taxas de juros, com a de um ano passando de 2,65% para 2,50% e a de sete dias de 1,9% para 1,8%. Entre os indicadores econômicos chineses, a produção industrial em julho cresceu 3,7%, ante expectativa do mercado de alta de 4,6%, enquanto as vendas no varejo subiram 2,5% na comparação anual, contra projeção de 4,4%, mostrando a atividade econômica ainda claudicante na segunda maior economia do mundo. 

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,43%, cotado a R$ 4,9868, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana em comparação a outras divisas emergentes e ligadas a commodities. O pano de fundo para a alta do dólar são os indicadores de atividade econômica mais fracos na China e a cautela com a possibilidade de uma recessão na economia global. Além disso, o mercado tem a expectativa de fim de ciclo de aperto monetário nos EUA, mas ainda não descartou a possibilidade de o Federal Reserve promover mais uma elevação de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros americana na próxima reunião de setembro.

0Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de BRF ON dispararam 6,90%, mesmo depois de a empresa ter aumentado seu prejuízo líquido para R$ 1,337 bilhão no segundo trimestre de 2022. O mercado levou em consideração a melhora dos números operacionais da companhia.

Já os papéis de distribuidoras de combustíveis subiram em bloco, impulsionados pela notícia de que a Petrobras aumentará o preço da gasolina em 16,3% e do diesel em 25,8%, a partir de amanhã (16). Assim, Vibra ON acelerou 7,77% e Ultrapar ON ganhou 0,81%. As próprias ações de Petrobras PN avançaram 0,72%.

Pelo lado negativo, as ações de Gol PN derreteram 12,50%, após o conselho de administração da companhia aprovar uma nova emissão de mais de 1,8 milhões de bônus de subscrição de ações preferenciais, ao preço de R$ 5,84. Ainda no setor aéreo, Azul PN caiu 6,60%.

Por fim, os papéis de Magazine Luiza ON tombaram 2,46%, depois de a companhia reportar prejuízo líquido de R$ 301,7 no segundo trimestre de 2023, ante perdas de R$ 135 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. Os resultados ficaram abaixo das projeções do mercado por conta das vendas mais fracas e das despesas operacionais maiores.

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