Em linha com o recuo dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,74% na sessão desta sexta-feira, aos 126.741,81 pontos. O principal índice da B3 foi pressionado novamente pela queda das ações de Vale ON (-1,14%), que acumulam baixa de 6,80% no mês de março, prejudicadas pelo forte recuo do minério de ferro nos últimos pregões. Os juros futuros domésticos também aceleraram, reagindo aos dados resilientes da atividade, fato negativo para os nomes mais cíclicos da Bolsa brasileira. O volume de serviços em janeiro teve aumento de 0,7% na comparação com o mês anterior, bem acima das projeções que apontavam para contração, enquanto o Caged mostrou que o Brasil registrou abertura líquida de 180.395 vagas de trabalho em janeiro, acima das estimativas. Na semana, o Ibovespa reportou queda de 0,25%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o setor de tecnologia sendo pressionado pela cautela adotada pelo mercado antes da decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima semana. Apesar de agentes derem praticamente como certo a manutenção da taxa de juros dos EUA entre 5,25% e 5,50%, há ainda incertezas sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário, com apostas majoritárias para a reunião de junho. Em um movimento técnico, houve o vencimento de contratos de opções de ações, futuros de índices de ações e de opções, fenômeno conhecido como “triple witching”, o que costuma aumentar a volatilidade.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve alta de 0,22%, cotado a R$ 4,9980, em linha com o movimento de fortalecimento da moeda americana em âmbito global. Na agenda de indicadores, o índice de sentimento ao consumidor dos EUA recuou de 76,9 em fevereiro para 76,5 em março, aquém dos 77,4 projetados por analistas. Já as expectativas de inflação em 12 meses se mantiveram em 3% e, para 5 anos, em 2,9%. Na semana, o dólar registrou avanço de 0,33%.
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