Em linha com o apetite a risco reduzido no exterior, o Ibovespa fechou praticamente estável, em leve alta de 0,02%, aos 124.196,18 ponto, encerrando uma sequência de seis pregões consecutivos do principal índice da B3 no campo negativo. A Bolsa brasileira teve como principais detratores os papéis mais sensíveis à curva de juros, casos dos setores de varejo, construção, educação e tecnologia. Por outro lado, Vale e Petrobras, mesmo com desempenhos tímidos, empurraram o Ibovespa para cima. Em uma agenda esvaziada em termos de indicadores econômicos e sem grandes novidades, a cautela voltou a predominar, com as atenções do mercado voltadas para o noticiário internacional.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no azul e S&P 500 e Nasdaq no vermelho, com o mercado de olho em uma bateria de discursos de dirigentes do Federal Reserve, o banco central americano. Por lá, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse que, embora não seja seu cenário-base, não descarta voltar a subir juros casos os dados econômicos apontem para uma deterioração. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que o banco central americano será capaz de reduzir juros nos EUA apenas no fim do ano. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e a diretora Michelle Bowman também seguiram a mesma linha de raciocínio ao apontar que não esperam corte de juros nos EUA em breve.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve leve alta de 0,12%, cotado a R$ 5,2502, com o real tendo desempenho melhor do que os pares emergentes, que foram amplamente penalizados na comparação com a moeda americana. A leitura é que a divisa brasileira se desvalorizou demais nas últimas sessões, o que justifica uma queda mais tímida. Somado a isso, operadores também apontaram que a sinalização de que a Selic terminal possa ser mais alta também ajudou a blindar o real.
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