
Sentimento de aversão a risco contamina bolsas globais
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em trajetória de forte queda nesta sexta-feira, com o mercado reagindo negativamente a balanços de big techs e à espera da divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, às 9h30, com expectativa de uma terceira desvalorização consecutiva. Somado a isso, o mercado segue preocupado com a possibilidade de aumento das tensões entre Israel e Irã. As ações de Intel e Amazon registram baixa de 21,51% e 8,07%, respectivamente, no pré-mercados e NY, após divulgação de números do 2T24. A bolsa do Japão tombou 5,73%, enquanto o iene ganha terreno globalmente. Os contratos futuros de ouro atingiram sua máxima histórica nesta sexta-feira. Entre as commodities, o petróleo opera próximo da estabilidade, enquanto o minério de ferro fechou em forte alta pelo segundo dia consecutivo, com valorização de 2,16% em Dalian, na China.
Mau humor no exterior deve pressionar ativos locais
No cenário doméstico, o apetite a risco no exterior tende a pressionar os ativos locais, com atenção especial ao câmbio, já que o dólar fechou ontem cotado a R$ 5,7350, maior nível desde dezembro de 2021. O desempenho positivo do minério de ferro e a estabilidade do petróleo podem ajudam a conter uma saída mais acentuada de fluxo. Após a reunião do Copom, na última quarta-feira, 90% das casas do mercado projetam manutenção da taxa Selic na próxima reunião de setembro. A agenda interna tem como destaque a produção industrial de julho, às 9h. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,06% em julho, ante avanço de 0,26% em junho, informou a Fipe. No Ceará, o presidente Lula participa de cerimônia do projeto de lei que sanciona o Poder Executivo a criar o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social e o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, além da assinatura da medida provisória sobre o programa Mover.
Cielo, Eztec, AES Brasil, Auren e Marcopolo reportam balanços de 2T24
No noticiário corporativo, a Cielo registrou lucro líquido recorrente de R$ 385,6 milhões no segundo trimestre de 2024, uma queda de 20,7% ante mesmo trimestre do ano anterior. Já a Eztec reportou lucro líquido de R$ 88,6 milhões no 2T24, avanço anual de 17,7%. A AES Brasil teve prejuízo líquido ajustado de R$ 104,1 milhões no 2T24, revertendo lucro de R$ 39,5 milhões no 2T23. A Auren Energia lucrou R$ 91,1 milhões no 2T24, o que representa uma queda anual de 50,2%. A Marcopolo teve lucro líquido consolidado de R$ 250,9 milhões no 2T24, alta de 78,6% em base anualizada. O Mercado Livre apresentou lucro líquido de US$ 531 milhões no 2T24, valorização de 103% ante mesmo período de 2023. A Totvs aprovou a distribuição de JCP no valor bruto de R$ 136,8 milhões, ou R$ 0,23 por ação. A Movida aprovou a 15ª emissão de debêntures, em série única, no valor de R$ 340 milhões.
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