Em linha com o sentimento global de aversão a risco para os mercados acionários, o Ibovespa registrou baixa de 0,46% na sessão desta segunda-feira, aos 125.269,54 pontos. O principal índice da B3, contudo, teve perdas mais moderadas do que bolsas de Nova York, europeias e asiáticas. Há uma leitura de que a Bolsa brasileira, com um dos piores desempenhos de 2024, já está excessivamente barata para ter desvalorizações tão acentuadas. O destaque do dia ficou por conta do forte avanço de 7,59% de Bradesco PN, após o banco reportar lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que representa uma alta de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram com força, com os índices Dow Jones e S&P 500 registrando suas maiores quedas diárias desde setembro de 2022. O dia começou com um sentimento de extremo pessimismo após a bolsa do Japão derreter 12,4% em seu pior pregão desde 1987. Há um temor maior sobre uma possível recessão nos Estados Unidos após dados considerados decepcionantes do payroll da semana passada. Por outro lado, o presidente regional do Federal Reserve em Chicago, Austan Goolsbee, colocou panos quentes no pânico instaurado e afirmou que a função do banco central americano não é reagir a um mês de dados mais fracos do mercado de trabalho, além de adicionar que o crescimento econômico continua em um “nível razoavelmente estável”.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,56%, cotado a R$ 5,7414, no maior patamar desde março de 2021. Na máximo do dia, a moeda americana chegou ao nível de R$ 5,8641, mas foi perdendo fôlego ao longo da sessão. O real teve desempenho melhor que o da maioria de seus pares, com o peso colombiano, o peso mexicano e o rand sul-africano registrando perdas mais acentuadas na comparação com o dólar.
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