Impulsionado pelo setor bancário, especialmente pelas ações de Itaú PN (+1,91%), o Ibovespa registrou valorização de 0,69% na sessão desta terça-feira, aos 129.922,38 pontos. A Bolsa brasileira só não teve desempenho melhor porque dois de seus principais nomes encerraram o dia no campo negativo: Vale ON (-1,27%) e Petrobras PN (-0,13%). Os papéis de Carrefour ON aceleraram 3,28%, após o CEO do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, enviar uma carta de desculpas ao Ministério da Agricultura após boicote de carnes brasileiras. Por aqui, o mercado repercutiu a informação de que o pacote de corte de gastos do governo deve ser anunciado entre quarta e quinta-feira, com um pronunciamento em cadeia nacional do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para justificar os ajustes fiscais à população.
Entre os indicadores econômicos, o IPCA-15 de novembro subiu 0,62% em novembro, vindo de 0,54% em outubro. O resultado ficou bem acima da mediana das expectativas, de 0,49%. A inflação acumulada no ano foi a 4,35%, e, em 12 meses, 4,77%. Segundo Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, o IPCA-15 de novembro, mais que números de inflação pura e simples, que por si só não trouxeram uma boa notícia, o mercado precisa do anúncio do pacote de corte de gastos para entender que direção tomar.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com os índices Dow Jones e S&P 500 renovando recordes históricos de fechamento, com o mercado reagindo à postura protecionista do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu taxar todos os produtos do México e do Canadá em 25% e tarifas adicionais de 10% a qualquer item da China importado pelos EUA. O setor mais penalizado pela sinalização das medidas foi o automotivo, com quedas de Ford (+2,63%) e General Motors (+8,99%).
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,8081, diante da cautela de investidores em torno do anúncio do pacote de corte de gastos prometido pelo governo após as eleições municipais. Esta é a terceira semana consecutiva que a moeda americana opera próximo da estabilidade na comparação com o real. Na comparação com outras dívidas, o dólar adotou movimento de valorização em âmbito global.
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