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RBR Asset lança 2ª versão de clube de investimento offshore de olho no mercado imobiliário de Nova York

RBR Asset lança 2ª versão de clube de investimento offshore de olho no mercado imobiliário de Nova York

De olho no mercado imobiliário dos Estados Unidos desde 2016, a RBR Asset Management está lançando o clube de investimento offshore RBR Club 2, com o objetivo de adquirir propriedades residenciais multifamiliares (multifamily), com capacidade para até 10 apartamentos cada, em Nova York. “Esse segmento residencial nos Estados Unidos para a renda é o mais resiliente historicamente, com uma vacância de 2% em NY”, afirma Ricardo Almendra, CEO da RBR, em apresentação ao B.Side Insights.

E, segundo Almendra, o momento não poderia ser melhor para investir no setor residencial na cidade mais importante dos Estados Unidos, principalmente depois da pandemia de covid-19. “Há uma janela de investimento, já que a renda do aluguel diminuiu e a vacância aumentou, então muitos serão forçados a vender”, diz o CEO da RBR, ressaltando que cerca de 70% da população em Nova York paga aluguel.

A gestora, com quase R$ 5 bilhões e uma equipe de 35 pessoas, pretende levantar entre US$ 50 e 100 milhões para o RBR Club 2 para investir ao longo de 2021 e 2022. Atualmente, a RBR já conseguiu captar US$ 40 milhões. Caso os valores fiquem no piso, cerca de 20 prédios seriam adquiridos. Já se o teto fosse atingido, seriam comprados de 30 a 40 imóveis multifamily.

Para isso, a RBR procura três tipos de investidores: o primeiro grupo, a partir de US$ 5 milhões disponíveis para investimentos; o segundo, entre US$ 1 milhão e 5 milhões, e o último, com capital entre US$ 500 mil e 1 milhão, variando apenas a cobrança sobre o capital investido de 0,5%, 1% e 1,5%, respectivamente, além de 1% sobre as taxas de aquisição.

A confiança para o lançamento da segunda versão é ancorada no sucesso que o RBR Club 1 atingiu desde seu início em 2019, após alocar cerca de US$ 50 milhões em 23 prédios com 183 apartamentos em Nova York, sendo seis em Manhattan e 17 no Brooklyn.

Os multifamilies (que contam com benefícios fiscais) adquiridos desde 2018 foram retrofitados e, posteriormente, alugados por um valor substancialmente maior do que o anterior. Mesmo durante a crise, a gestora recebeu quase todos os aluguéis, oferecendo alguns descontos na renovação de contratos que venceram neste ano. “Não há uma disrupção nessa classe de ativos. A pessoa vai continuar precisar morando. Não é o varejo que vai perder espaço para o e-commerce, não é o escritório que discute o home office, é a casa da pessoa”, explica Almendra.

Em 2020, em Manhattan, a vacância subiu para 5% ante o patamar de 2% pré-pandemia, enquanto o preço de aluguel caiu entre 10% e 15%. Já no Brooklyn, a vacância se manteve estável em 3% mesmo depois da crise, ao mesmo tempo em que o preço de aluguel recuou entre 2% e 3%.

O retorno esperado do portfólio, de acordo com a RBR, é superior a 10% ao ano em dólar com os ativos residenciais para renda. Já a alavancagem para os investimentos gira entre 50% e 70%, ressaltando que os fundos têm o conceito de private equity, com um prazo para venda de um ativo de 3 a 5 anos.

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