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Recém-lançado no BTG, fundo de ações Constellation Compounders ESG vê aumento de demanda após “boom” sobre o tema

Recém-lançado no BTG, fundo de ações Constellation Compounders ESG vê aumento de demanda após “boom” sobre o tema

Disponível no BTG Pactual Digital desde o final de outubro, o fundo de ações Constellation Compounders ESG era considerado há pouco tempo como um produto muito específico e disponibilizado para um público exclusivo, sendo liberado apenas recentemente em grandes plataformas.

No entanto, após o “boom” do tema sobre melhores práticas ambientais, sociais e de governança, a procura por fundos sustentáveis cresceu na mesma proporção. “O tema ESG intensificou muito nesse ano e a demanda por fundos desse tipo também aumentou”, afirma Raquel Dias, sócia e uma das responsáveis pela Relação com Investidores da Constellation Asset Management, em entrevista ao B.Side Insights.

O fundo da Constellation Asset Management, gestora com mais de duas décadas no mercado e atualmente com cerca de R$ 14,4 bilhões sob gestão, teve início em agosto de 2018 e, desde lá, acumula um retorno histórico positivo de 83,6%, contra alta de 19,5% do Ibovespa e 10,6% do CDI.

Em sua história, a asset afirma que sempre teve um olhar mais próximo da governança, contudo há cerca de três anos começou a ter um foco maior na parte social e ambiental.

Raquel explica que todos os fundos da Constellation têm uma cobertura ESG, mas no caso do Compounders ESG a exigência é maior e, consequentemente, com um universo elegível de companhias menor. Apesar disso, ela lembra que o retorno consistente da carteira é o principal motivo para esse tipo de investimento. “Não é um fundo de impacto, mas sim um fundo no qual priorizamos empresas que têm boas práticas ESG”, diz. “Acreditamos que a ação dessas companhias tendem a ter uma performance melhor no longo prazo.”

O fundo é formado por uma carteira de dez a 15 papéis, apenas com empresas consideradas de altíssima qualidade, com vantagens competitivas e com tendência de crescimento consistente e sustentável. O foco está em mid e large caps já conhecidas e estabelecidas no mercado. “Não estamos buscando ativos baratos, mas ativos bons. Queremos participar do crescimento de boas empresas ao longo de muitos anos”, diz a sócia da Constellation.

Uma das “queridinhas” do mercado nos temas ambiental e social, a Natura, além de ter uma das maiores notas ESG da casa, também é considerada um excelente investimento. Segundo a Constellation, a empresa tem demonstrado excelente sinergia com Avon, The Body Shop e outras aquisições que fez recentemente. A companhia também apresenta crescimento de lucro, alinhada como a nova geração e com um time de gestão considerado “espetacular”.

Outro ponto fundamental, de acordo com a gestora, é o fato de a Natura estar acelerando seus investimentos no braço digital, uma das teses mais fortes da Constellation. “A empresa investiu muito nisso antes da pandemia e conseguiu navegar bem na crise por causa do business digital”, afirma Raquel. Conforme consulta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), B3, Raia Drogasil, Totvs, Weg, Mercado Livre, Magazine Luiza e Localiza também estão no fundo.

O fundo feeder do BTG Pactual Digital Constellation Compounders ESG FIA Acces proporciona acesso ao fundo master da gestora, cobrando taxa de administração total de 2%, além de taxa de performance de 20% sobre 100% do IPCA mais yield do IMA-B5+. O resgate demora 122 dias. “Queríamos filtrar o cliente para que ele entenda que é um fundo de longo prazo, e por isso esse prazo”, explica Raquel.

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