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Conheça 8 fundos de investimento de gestoras renomadas para diversificar patrimônio no exterior

Conheça 8 fundos de investimento de gestoras renomadas para diversificar patrimônio no exterior

Há pelo menos uma década, para um investidor brasileiro conseguir diversificar seu patrimônio e ter acesso a produtos financeiros no exterior era preciso cerca de US$ 1 milhão, uma conta lá fora e sofrer o impacto cambial. No entanto, com o avanço das estruturas, este tipo de investimento se tornou mais acessível, principalmente nos últimos anos. “Começamos a identificar uma demanda grande de gestores que queriam entrar no Brasil, mas não queriam ter uma estrutura local e um custo fixo de ter uma asset no País, apesar de serem casas enormes”, afirma Caio Mantovani, diretor do BTG Pactual.

Hoje, na plataforma do BTG Pactual, investidores qualificados, ou seja, aqueles que têm mais de R$ 1 milhão disponível para aplicações financeiras, têm acesso a estratégias de gestoras centenárias do exterior, uma delas com mais de US$ 1 trilhão sob gestão, a partir de R$ 5 mil, sem cobrança de taxa de performance, e com proteção cambial. “Além da diversificação, um outro ponto positivo é a questão de custo, que é bem baixo (variando de 1,46% a 3%) para quando olhamos para fundos no Brasil”, diz Laura Seabra, analista de fundos internacionais do BTG, explicando que o banco cria uma estrutura local que compra cota do fundo lá fora.

A área de fundos internacionais não se preocupa com a quantidade, mas sim com a qualidade do que é ofertado, de maneira que atenda a demanda dos investidores brasileiros. “A ideia é trazer produtos selecionados baseado na experiência da gestora, na estratégia e na performance”, explica Seabra.

De olho nas oportunidades do mercado, o BTG diz estar estudando adicionar um fundo com práticas ESG (social, ambiental e de governança, na sigla em inglês) e outro relacionado à China, principalmente com empresas de tecnologia.

Confira abaixo oito fundos offshores oferecidos na plataforma do BTG Pactual:

1 — Robeco Global Credit

O fundo de crédito privado RBC Global Credit FIM IE, da gestora holandesa Robeco, foi o primeiro produto offshore lançado pelo BTG Pactual, em maio de 2018. Lá fora, ele existe desde 2004. Em sua abordagem de investimento, o fundo investe em crédito global, dando preferência aos mercados desenvolvidos, tem uma integração ESG (práticas ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês), e viés quantitativo na análise.

Atualmente, a carteira do fundo tem uma duration de 5 anos e conta com 100 a 130 papéis, sendo 77% deles em investment grade (grau de investimento), 15% em high yield e 7% em mercados emergentes, com um portfólio distribuído majoritariamente por Europa (39%) e América do Norte (38%). Nunca nenhum papel deu default (calote).

Pelo histórico acumulado, desde que foi lançado, o fundo teve um retorno positivo de 29,24%, ante alta de 12,47% do CDI em período idêntico. No ano, sobe 8,34% até outubro. O fundo é hedgeado e, portanto, não sofre com a variação cambial.

2 — Mobius Emerging Markets

O fundo de ações Mobius Emerging Markets IE FIM, disponível desde dezembro de 2018 na plataforma do BTG, tem Mark Mobius, conhecido como guru dos emergentes, como seu grande nome.

Como não poderia deixar de ser diferente, o fundo, focado em mercados emergentes, é concentrado, alocando os recursos entre 20 a 35 papéis, com uma abordagem de private equity. Entre as maiores posições geográficas estão Índia (19,6%), China (14,4%) e Brasil (13,8%), com maior espaço para os setores de tecnologia (26,4%), saúde (18,6%) e consumo discricionário (17,5%). Ações das companhias brasileiras Fleury e Lojas Americanas fazem parte do portfólio,

No acumulado, desde que foi lançado, o fundo teve um retorno positivo de 50,43%, ante alta de 13,76% do Ibovespa e de 16,51% do MSCI Mercados Emergentes, benchmark de referência. Em 2020, avança 46,63% até outubro. O fundo não é hedgeado, e, sendo assim, o investidor sofre a valorização cambial.

3 — MFS Prudent Capital

Também lançado desde dezembro de 2018 na plataforma do BTG, o fundo multimercado MFS Meridian Prudent Capital IE FIC MM, da gestora americana MFS, investe em ações globais, crédito e , sempre mantendo uma posição relevante em caixa.

O produto visa ações de valor, com empresas que tenham um fluxo de caixa estável e boa perspectiva de valorização, apenas de mercados desenvolvidos, excluindo os emergentes.

A maior posição do fundo atualmente é a LEG Immobilien AG, companhia alemã ligada ao mercado imobiliário alemão, seguida pelas empresas americanas Alphabet e Costco. Os maiores setores são justamente os de de tecnologia (12,2%), bens de consumo (10,4%) e mercado imobiliário (7,9%).

No retorno acumulado desde seu início, o fundo da MFS subiu 24,31%, em comparação com valorização de 8,53% do CDI no mesmo período. No ano, sobe 9,03% até outubro. O fundo também é hedgeado.

4 — Global Megatrend Selection

Pioneira em investimento temático desde 1995, a gestora suíça Pictet fez uma parceria com o Instituto de Estudos Futuros de Copenhague para identificar quais eram as 14 mega tendências que moldam o mundo.

Assim, desde julho de 2019, o fundo de ações globais Pictet Global Megatrend Selection IE FIC MM, com 10 temas de investimentos, está disponível na plataforma do BTG.

O portfólio é de alta convicção e, portanto, conta com 40 a 50 ações por tema. Uma das teses da casa é identificar oportunidades de investimento antes que elas se tornem óbvias para todos.

No acumulado, do fundo teve um retorno positivo de 18,27%, contra queda de 5,43% do Ibovespa no mesmo período e alta de 10,55% do MSCI World, benchmark de referência. No ano, registra valorização de 10,16% até outubro. O produto também é hedgeado.

5 — AQR Long Biased

O AQR Long-Biased Equities IE FIC MM, da gestora americana AQR, é o maior fundo quantitativo do mundo em ativos sob gestão, e foi lançado no BTG em fevereiro deste ano. Lá fora, o fundo existe há sete anos e tem retornos históricos de dois dígitos.

O fundo é formado por gestores quantitativos que lideravam esse modelo no banco Goldman Sachs na década de 1990 e tem uma estratégia long & short. Seu portfólio é altamente diversificado, com mais de 3 mil ações long e 1,8 mil short, com uma alavancagem de 500% bruta e 125% líquida.

Nesse universo de quase 5 mil papéis, os modelos são baseados nos mesmos múltiplos que um analista faria, só que em uma velocidade e processamento de dados infinitamente maior. Além disso, o produto conta com três times: um de desenvolvimento de modelo, um de portfolio manager e um de execução e trade.

Com início no meio da pandemia, o fundo rendeu 3,23% contra 1,75% do CDI até outubro, além de ser hedgeado.

6 — T. Rowe Price Global Allocation Fund

O TRowe Global Alloc Dolar FIC FI MULTI IE, da gestora americana T. Rowe Price, com mais de US$ 1 trilhão sob gestão, teve início em agosto na plataforma do BTG, com uma estratégia diversificada entre ações globais (60,5%), renda fixa (32%) e fundos alternativos (7,5%), e indicado para quem deseja terceirizar seu asset allocation, equilibrando o risco e o retorno que o investidor está disposto a correr.

O fundo não é hedgeado e ainda não tem histórico de retorno por estar aberto há menos de seis meses, regra imposta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

7 — Janus Henderson Global Technology

Desde setembro deste ano na plataforma do BTG, o fundo de ações Janus Henderson Global Technology Fund se propõe a investir nas principais empresas globais de tecnologia. O portfólio do fundo conta com cerca de 60 papéis, sendo muitos deles conhecidos pelos investidores brasileiros como Microsoft, Apple, Alphabet e Facebook. A alocação geográfica é majoritária nos Estados Unidos, com 85,2% de participação.

O fundo não é hedgeado e também não tem histórico de retorno por estar aberto há menos de um semestre.

8 — T. Rowe Price Tower US Smaller Companies

Último fundo da lista, e adicionado em outubro de 2020, o T. Rowe Price Tower US Smaller Companies Equity Fund visa o investimento em small caps americanas, com valor de mercado abaixo de US$ 12 bilhões.

O fundo tem em sua carteira entre 150 e 250 ações dentro de um universo de 2,5 mil papéis de mid e small caps. Os principais setores do portfólio são tecnologia (19,4%), serviços industriais e comerciais (19,5%) e saúde (14,9%).

O produto foi lançado em real (com hedge), mas também deverá ter uma versão em dólar, segundo o BTG. Assim como os dois últimos, o fundo não tem histórico de retorno por estar aberto há menos de seis meses.

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