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Franklin Templeton explica por que a Amazon é a ação favorita de sua carteira

Franklin Templeton explica por que a Amazon é a ação favorita de sua carteira
Matt Moberg, Franklin Templeton

O preço da ação da Amazon está caro há 21 anos. Com essa provocação irônica, Matt Moberg, vice-presidente da Franklin Templeton Investments e especialista em inovação, afirmou que a dificuldade em enxergar crescimentos exponenciais no mercado acionário faz diversos investidores perderem lucros exorbitantes, como é o caso da empresa de Jeff Bezos. “Onde realmente ganhamos dinheiro é comprando e segurando as ações. Não queremos ganhar dinheiro em um trimestre”, afirmou Moberg, em live promovida pelo BTG Pactual nesta terça-feira, 1.

A Amazon vem crescendo acima de 20% há mais de duas décadas e, assim, já dobrou de tamanho sete vezes nesses últimos 21 anos, tempo em que o papel está presente na carteira da Franklin Templeton, asset com US$ 1,4 trilhão de ativos sob sua gestão, ocupando a maior posição da casa. “A riqueza é criada no longo prazo e muitas vezes investimos em empresas que são as mais famosas do mundo”, disse o executivo.

Apesar de estar há tanto tempo na carteira e cotada a US$ 3.242,57, próximo de suas máximas históricas, a companhia ainda é considerada atrativa. Moberg explica que a Amazon até tem perdido espaço no setor de varejo com o passar do tempo, contudo vem investindo em sua plataforma de serviços de computação em nuvem (AWS) em uma escala global. “Acreditamos nesse negócio”, contou o vice-presidente, acrescentando que também vê com olhos positivos o fato de a empresa ter começado recentemente a fazer propaganda, seguindo outras gigantes de tecnologia como Google e Facebook.

Vencedores do pós-pandemia

Um dos principais desafios dos gestores no pós-pandemia, segundo Matt Moberg, será responder o quão sustentável foi o crescimento de algumas empresas durante a crise e o quanto desse movimento foi momentâneo ou realmente representou uma mudança no comportamento dos consumidores. “Hoje temos um ambiente mais rico para a inovação, similar à segunda revolução industrial”, disse o executivo.

Com sua visão de longo prazo, ele elencou cinco setores que serão vencedores em sua opinião: e-commerce, sequenciamento de genes, máquinas inteligentes, inteligência artificial e a “nova finança” em decorrência da explosão de dados exponenciais. “Isso afeta toda a economia”, sustentou Moberg.

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