Notícias envolvendo estatais novamente trouxeram um clima de extremo pessimismo para o Ibovespa, que encerrou a sessão em baixa de 1,98%, aos 110.035,17 pontos. Na semana, o índice registrou recuo de 7,09% e terminou o mês com desvalorização de 4,37%. Em Wall Street, o desempenho das bolsas de Nova York foi misto, com um sinal de recuperação das techs, em meio a diversos indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos.
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Banco do Brasil ON registraram forte queda de 4,92% em meio a temores do mercado sobre a substituição no comando da instituição. Segundo notícias, o presidente do BB, André Brandão, teria colocado o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro.
A turbulência do Banco do Brasil vem acompanhada da crise na Petrobras, que também teve importantes perdas no último pregão da semana, com o anúncio da saída de Roberto Castello Branco para a entrada do general Joaquim Silva e Luna. Os papéis ordinários caíram 3,11%, enquanto os preferenciais registraram perda de 4,10%. O petróleo em queda no exterior também influenciou negativamente, com atenções voltadas para a reunião da Opep+ na próxima semana.
Diante da aceleração da pandemia no Brasil e com medidas mais restritivas adotadas em São Paulo, os setores aéreo, de varejo e de shoppings voltaram a sofrer forte pressão, com investidores esperando uma retomada econômica ainda mais lenta. Os papéis de Azul PN recuaram 4,36%, de Via Varejo ON tombaram 6,02% e de BR Malls ON se desvalorizaram 4,02%.
Pelo lado positivo, as ações de Minerva ON subiram 3,30%, depois da empresa divulgar os resultados do quarto trimestre de 2020 e anunciar a maior distribuição de dividendos já realizada, de 78% do lucro líquido e com dividend yield de aproximadamente 11%.
Fora do Ibovespa, os papéis da startup Méliuz ON aceleraram 4,10%, após a companhia anunciar a aquisição do controle da plataforma de descontos Picodi.com por cerca de R$ 120 milhões.
No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,66%, cotado a R$ 5,6055, com a moeda americana demonstrando muita força no exterior. Foi observado, inclusive, um aumento de fuga de recursos de países emergentes por conta do aumento das taxas dos Treasuries. O Banco Central novamente interveio no mercado com novos leilões para conter o ímpeto de valorização do dólar, que terminou a semana com avanço de 4,08%.
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