Amparado pelo otimismo nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou valorização de 1,20% na sessão desta quarta-feira, aos 127.651,81 pontos. O principal índice da B3 foi impulsionado por dois de seus principais nomes: Vale ON (+2,34%) e Petrobras PN (+2,07%). Outro papel que se destacou foi Weg ON, com forte avanço de 10,47%, após a companhia reportar lucro líquido de R$ 1,44 bilhão no segundo trimestre de 2024, avanço anual de 5,4%. A empresa ainda anunciou a distribuição de R$ 786,8 milhões em dividendos intermediários, ou R$ 0,18 por ação. Por aqui, o mercado observou a decisão de política monetária nos Estados Unidos e aguarda a do Brasil, programada para ser anunciada após o fechamento do mercado, com ampla expectativa pela manutenção da taxa Selic em 10,50%. Mais do que a decisão em si, agentes esperam para ver qual será a sinalização do Banco Central para as próximas reuniões.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, após o Federal Reserve, o banco central americano, manteve inalterada pela oitava vez consecutiva a taxa de juros dos Estados Unidos na banda entre 5,25% e 5,50%, em decisão unânime e em linha com o esperado pelo mercado. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, a não ser que os próximos indicadores econômicos fujam muito da tendência apresentada nos últimos meses, o Fed vai, sim, iniciar o processo de corte de juros no seu próximo encontro, agendado para o dia 18 de setembro. Neste momento, um pouco após a decisão, as apostas de um corte de 25bps chegam a quase 90%. Para o fim do ano, o mercado já atribui 60% de chance de três cortes de 25bps acontecerem, o que levaria os juros a 4,50% – 4,75% até o final de 2023, número que, segundo ela, parece ter uma alta probabilidade de virar realidade. As ações de tecnologia voltaram a se destacar, com forte alta de 12,81% para Nvidia, seguida Apple (+1,50%), Meta (+2,48%) e Amazon (+2,88%). Por outro lado, os papéis de Microsoft recuaram 1,11%, após resultados decepcionantes na receita trimestral de serviços de nuvem da companhia
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,68%, cotado a R$ 5,6553, com o mercado adotando cautela em relação à decisão e, principalmente, à postura do Banco Central e com agentes de olho na possibilidade de escalada das tensões no Oriente Médio entre Irã e Israel. Somado a isso, houve uma questão técnica por conta da formação Ptax do fim do mês de julho. O real operou na contramão de outras divisas, que se fortaleceram na comparação com a moeda americana, especialmente após um discurso dovish de Powell.
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